F16 de Monte Real ajudam avião em aterragem de emergência
Vive próximo da Base Aérea de Monte Real e estranhou o barulho que, por volta da hora de almoço, os aviões fizeram?
As duas aeronaves que levantaram voo a essa hora, e de forma um pouco mais brusca do que é normal, participaram na operação de aterragem do avião da Air Astana que declarou emergência ao ficar sem comandos.
O voo KZR 1388 descolou de Alverca às 13h21 e tinha como destino Minsk, capital da Bielorrúsia. Pouco depois da descolagem, declarou emergência, esteve algum tempo a sobrevoar a região a norte de Lisboa e o Alentejo, numa trajetória irregular, antes de ter sido tomada a decisão de o Embraer da companhia do Cazaquistão aterrar no aeroporto de Beja, o que aconteceu às 15h28, à terceira tentativa.
De acordo com uma informação transmitida à agência Lusa, o avião transportava apenas a tripulação, composta por seis pessoas.
O avião esteve a fazer manutenção nas oficinas da OGMA – Indústria Aeronáutica de Portugal. Durante a emergência, as autoridades chegaram a equacionar a possibilidade de a aeronave fazer uma amaragem no rio Tejo, mas as condições atmosféricas não o permitiram. A mesma fonte disse à Lusa que o piloto foi recuperando com o tempo alguns dos instrumentos que tinham avariado, o que lhe permitiu aterrar em Beja.
A operação foi acompanhada de perto pelos F16 da Base nº5, em Monte Real, que acompanharam o avião até Beja.
A intervenção dos F16 foi elogiada pelo ministro da Defesa que realçou a aterragem em segurança, salientando que, além dos F-16 que o acompanharam, outros dois e a Marinha estavam em prontidão.
“Dois F16 da Força Aérea Portuguesa conseguiram fazer aterrar em segurança no aeroporto de Beja um Embraer com os instrumentos de navegação avariados. Outros dois F16 estavam em prontidão, bem como a Marinha para o caso de aterragem de emergência no mar”, escreveu João Gomes Cravinho, numa publicação na rede social Twitter.
Dois dos tripulantes do avião da Air Astana, um natural do Cazaquistão e outro de Inglaterra, sofreram ferimentos ligeiros e “estão em observação no Serviço de Urgência” do Hospital José Joaquim Fernandes, em Beja.