A empresa Australis, Oil & Gas, que tem as concessões da Batalha e Pombal, em Leiria, anunciou hoje que estudos independentes estimam que a probabilidade média de volume de gás natural é de duas vezes o consumo em Portugal em 2017.
Numa nota de imprensa, a operadora australiana refere que estudos realizados por uma autoridade independente estimaram que o volume de gás natural recuperável na descoberta de Aljubarrota será entre 6,14 e 23,15 mil milhões de m3 de gás, e que “a probabilidade média (12,98 mil milhões de m3) é o equivalente a mais de duas vezes o consumo de gás natural em Portugal no ano de 2017”.
A Australis, Oil & Gas informa que “produz petróleo num campo ‘onshore’ de grandes dimensões nos EUA, com reservas comprovadas e operações de desenvolvimento em curso”.
Em 2015, foram atribuídas à Australis, em Portugal, as concessões da Batalha e de Pombal, tendo a empresa investido, desde então, mais de 500.000 dólares (437.941 euros) “em trabalhos de estudo de subsolo para melhorar a compreensão das potenciais reservas de gás natural na região de Aljubarrota, bem como de outras oportunidades de prospeção”, indica ainda o comunicado.
“A concessão da Batalha também parece ter um potencial de reservas de gás natural que a Australis planeia avaliar. Identificar e desenvolver uma fonte interna de abastecimento de gás natural, uma energia de baixo impacto, durante a transição para as metas de 2030 é do melhor interesse de Portugal”, acrescentou a nota.
Baseando-se nas referências do “Livro Verde sobre a prospeção, pesquisa, desenvolvimento e produção de hidrocarbonetos em território nacional”, emitido pelo Governo, a Australis afirma que “a crescente utilização de gás natural é uma peça fundamental na transição para a geração de energia com uma pegada de carbono mais reduzida, em Portugal até 2030”.
“Para validar a qualidade, quantidade e outros dados técnicos dos recursos de gás natural nas concessões, é necessário realizar uma operação de prospeção convencional que deverá durar aproximadamente seis meses em cada local”, lê-se na nota.
A empresa diz ainda que a “perfuração do subsolo é realizada utilizando fluidos de perfuração simples que consistem principalmente em argilas e água, que são os mesmos usados na perfuração de poços de pesquisa de água comuns”.
“Nas operações de perfuração de solos mais profundos, haverá várias barreiras de contenção, testadas sob pressão, por forma a proteger qualquer aquífero na área”, acrescenta.
A empresa tem garantido que o reservatório será “perfurado horizontalmente através do potencial reservatório de gás natural alvo” e que “não está proposta, nem a empresa solicitou qualquer tipo de aprovação, para estimular os poços através de fracturação hidráulica.”
Está a decorrer, até ao dia 27 de novembro, a consulta pública da Proposta de Definição de Âmbito (PDA), que define os trabalhos a desenvolver no Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e sua preparação.
Segundo a empresa, “estes documentos de PDA para cada concessão identificam os possíveis impactes e riscos que precisam ser avaliados e incluídos no trabalho do EIA”.
“Com base nos locais específicos e nas atividades operacionais planeadas, foi proposto um plano de trabalho que inclui o levantamento arqueológico, e demais estudos ambientais, tais como análise de ruído e luz, etc., para identificar quaisquer riscos para a comunidade local ou o ambiente”, indica a nota.
A Australis admite que “tem grandes expectativas para as concessões de gás natural da Batalha e Pombal, que podem ter um impacto significativo em Portugal”, mas alerta que o “projeto está numa fase inicial em que o trabalho de estudo e planeamento continua”.
Lusa
Anónimo disse:
3.5
Anónimo disse:
4.5
Anónimo disse:
0.5