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Associação Zoófila de Leiria procura ajuda para cuidar de animais seniores

No abrigo da AZL vivem 60 cães no espaço previsto para 20. A maioria tem entre 7 e 17 anos e precisa de cuidados específicos, medicação e rações especiais ou cirurgias. Associação procura ajuda

Joaquim Dâmaso

Deviam ser 20 no máximo e teriam espaço para correr, brincar, pular e passear sem se atropelarem uns aos outros. Contudo, o cenário que se vive dentro do abrigo da Associação Zoófila de Leiria (AZL) é bem diferente. Vivem 60 cães no espaço previsto para 20. A maioria tem entre 7 e 17 anos e precisa de cuidados específicos, medicação e rações especiais ou cirurgias.

“Neste momento, a AZL tem a maior parte dos canídeos já idosos e atravessa uma fase triste. A maioria dos animais morre sem conhecer um lar. Tentamos dar o nosso melhor e lutar junto deles, dentro das nossas possibilidades, mas vê-los partir é, sem dúvida, devastador. É como perder um elemento que faz parte das nossas vidas, afinal estamos com eles todos os dias, mais do que uma vez por dia”, afirma Ana Morgado, presidente da AZL.

Sem espaço no canil, a maior parte das vezes, o recobro dos animais é feito na casa das voluntárias da AZL mas até isso é um problema, pois a associação tem cada vez menos voluntários.

“Infelizmente não é fácil a angariação de novos voluntários. A convivência diária com animais abandonados, a manutenção dos canis, ver animais que morrem vítimas de maus tratos e até mesmo aqueles que morrem dentro das nossas instalações ao fim de tanto tempo acabam por afastar os voluntários”, explica Ana Morgado, presidente da AZL.

Cada voluntário pode “oferecer” o tempo que conseguir e escolher uma das muitas tarefas que existem: passear os cães, escová-los, apoiar nas idas ao veterinário, ajudar na manutenção dos canis, dar medicação, estar nos eventos ou nas campanhas de angariação.

As contas são outra dificuldade. “Vão em largas centenas de euros e, todos os dias, temos novos animais a ir ao veterinário e, todos os dias, esterilizamos animais de rua e não só”, afirma a responsável, acrescentando que há tratamentos que estão a ficar por fazer e todas as ajudas são bem-vindas: dinheiro, ração sénior, para animais cardíacos e com problemas gastrointestinais; produtos de limpeza; medicação (Omnicondro, Cardisure, Genteal) ou por exemplo como FAT (Família de Acolhimento Temporário).

A adoção permanente dos animais continua a ser o objetivo da AZL. “A sociedade ainda não considera um animal idoso um membro da família. Quem o faz é sempre uma pessoa especial, no sentido em que pensa no bem estar do animal e não no ‘para quê adotar se vai morrer em breve?’. Adotar um animal idoso é dar-lhe boa qualidade de vida e pensar nele. É saber dar amor e ser altamente altruísta”, defende.

Mais informações em azlfa@sapo.pt.


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