O Forte de S. Miguel Arcanjo bateu, em 2018, todos os recordes de visitantes, com 250 mil turistas de 108 nacionalidades a visitarem o monumento que recebeu, desde a sua abertura em 2015, mais de 650 mil pessoas.
As visitas ao Forte de S. Miguel Arcanjo “alcançaram as 250 mil em 2018”, anunciou ontem a Câmara da Nazaré num comunicado em que evidencia “o crescimento turístico” da vila face a 2017.
O Forte, que desde a sua abertura ao público “já recebeu mais de 650 mil visitas”, continua a atrair, sobretudo os portugueses, com “88 mil visitantes”, seguido dos brasileiros, que totalizaram 21 mil visitantes”, refere um comunicado da autarquia.
Na lista dos países com mais visitas ao monumento associado à Praia do Norte e às ondas gigantes seguem-se a França (16 mil), Espanha (13 mil), Alemanha (8.281), Itália (7.304), Estados Unidos da América (3.918), Reino Unido (3.202), Rússia (2.976) e Canadá (1.889).
Os registos de entrada, divulgados pela câmara, demonstram ainda que entre as 108 nacionalidades que visitaram aquele local se contam cidadãos originários de países “menos regulares na região, tais como Madagáscar, Bangladesh, Zimbabué, Egito, Tahiti, Indonésia, Nova Zelândia, Austrália, Japão, África do Sul, entre outros”.
Dados que o presidente da Câmara da Nazaré, Walter Chicharro, considera testemunharem “o momento alto de notoriedade” da vila, que se assume “cada vez mais, uma marca global”.
Para o autarca, citado numa nota enviada às redações, “a aposta no ‘surf’ e na promoção das características únicas da Nazaré, como as tradições etnográficas e religiosas, mas também as ondas grandes geradas pelo canhão da Nazaré, um dos maiores desfiladeiros submarinos da Europa, deram os seus resultados”.
O crescimento turístico registado em 2018 foi também patente nos 43.559 visitantes de 102 nacionalidades que, segundo a câmara, procuraram os postos de turismo da Nazaré.
O Posto de Turismo do Mercado Municipal registou, em 2018, 22.972 visitas, e o do Sítio da Nazaré 20.587, números, refere o comunicado, que dá nota de ”um acréscimo de 7.633 pessoas”, só nos postos de turismo, face a 2017.
Os visitantes que pediram informações foram oriundos de “102 nacionalidades dos cinco Continentes”, pode ler-se no documento, que aponta a França como o país emissor de turistas, com 28%.
Seguiram-se Espanha (22%), Portugal (11%), Brasil (6%), Alemanha (5%), Itália (4%), Canadá (3,5%) e Bélgica (3%).
Porém, apesar de não serem os países com maior número de visitantes Espanha, Brasil e Alemanha foram os que registaram maior crescimento da procura pela Nazaré, segundo os dados da autarquia.
Os portugueses, que continuaram a ser a terceira nacionalidade a visitar a Nazaré, deslocaram-se, sobretudo de Lisboa (35%), seguindo-se Porto (13%), Leiria (12%) e Braga (9%).
Já a maioria dos visitantes de França (16%) chegaram de Nouvelle Aquitaine (região de Bordéus), seguidos dos de Auvergne (região de Lyon), com 13%; Île-de-France (região de Paris), com 12,50%; Pays de la Loire (região de Nantes), com 11%; Occitanie (região de Toulouse), com 11%, e Bretagne (região de Rennes), com 10%.
Os dados dos postos de turismo foram também discriminados quanto aos visitantes de Espanha, com origem nas várias comunidades autónomas, nomeadamente: Madrid (22%); Galiza (17%); País Basco (12%) e Castela e Leão (11,5%).
O Forte de S. Miguel Arcanjo é monumento militar maneirista mandado construir em 1577, por D. Sebastião, para defender a enseada da Nazaré dos ataques de piratas.
Desde 1903 tem instalado um farol de auxílio à navegação e nos últimos anos foi sede do projeto North Canyon, no âmbito do qual Garrett McNamara surfou em 2011, uma onda que lhe valeu um registo certificado pelo livro dos recordes do Guiness.
Lusa