Na Rebolaria, na Batalha, dedica-se uma tarde ao “bucho virado”, “cobrão” e “mau olhado”
Vai ser um domingo especial no Museu Etnográfico da Alta Estremadura – Casa da Madalena. Na Rebolaria, concelho da Batalha, dia 27 de janeiro a tarde é dedicada às medicinas populares: um grupo de “curandeiras” convidadas demonstra técnicas de outros tempos – e a que diversos ainda hoje recorrem, de forma mais ou menos declarada.
A iniciativa é do Rancho Rosas do Lena, que organiza a “Oficina de artes e ideias” sobre curas e mezinhas.
“Mais uma vez vamos demonstrar como funcionava a medicina popular”, explica o etnógrafo José Travassos dos Santos.
“Antigamente não se recorria ao médico: ia-se à curandeira – ou rezadeira”, recorda. Com azeite e rezas faziam-se “milagres”, tratando quer o “cobrão”, como a “espinhela caída” ou o “bucho virado” e, até, o “mau olhado”.
“Com produtos como o azeite ou com as rezas – que pelo menos funcionavam psicologicamente – elas ajudavam as pessoas”, sublinha Travassos dos Santos.
É isso mesmo que, entre as 15 horas e as 17h30 no próximo dia 27 de janeiro, se relembra – e se experimenta – no Museu Etnográfico da Alta Estremadura.
Para animar ainda mais a tarde, os tocadores do rancho vão estar no Museu a dar música aos presentes.
Como habitualmente, a entrada é livre, sendo esta também uma oportunidade para visitar o espaço museológico e conhecer o diversificado espólio guardado pelo Rancho Rosas do Lena.