Greve dos trabalhadores da Rodoviária começa na madrugada de quinta-feira, às 3 horas, e termina na madrugada de sábado, ás 3 horas Foto de arquivo: Joaquim Dâmaso
Os trabalhadores da Rodoviária do Tejo, da Rodoviária do Oeste e da Rodoviária do Lis voltam à greve quinta e sexta-feira desta semana. A paralisação começa às 3 horas do dia 3 de janeiro e prolonga-se até às 3 horas do dia 5 (sábado).
Segundo comunicado da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (FECTRANS), os trabalhadores que têm concentração marcada esta quinta-feira, às 11 horas, junto à sede do grupo Barraqueiro, em Lisboa, reivindicam o aumento do salário e unificação das regras de trabalho em todas as empresas.
Já em novembro, os trabalhadores das empresas do Grupo Tejo do grupo Barraqueiro paralisaram dois dias, tendo o STRUP – Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos de Portugal vindo a reunir com as empresas no sentido “de se atingir o entendimento necessário para o acordo”.
“Contrariamente ao desejável, ‘os responsáveis’ pelas empresas, ao invés de tudo fazerem para resolver ou minimizar a atual situação, estão optando por alimentar um braço de ferro com os trabalhadores”, além de demonstrar “insensibilidade aos nossos argumentos de valorização urgente dos salários”, adianta ainda o STRUP numa circular dirigida aos trabalhadores.
Já em novembro, a FECTRANS denunciava o que considerava “situações discriminatórias” relativas a diferenças laborais e salariais entre trabalhadores, por serem abrangidos por duas convenções de trabalho diferentes.
Em declarações à agência Lusa, Manuel Castelão, dirigente da federação nos distritos de Leiria e Santarém, referia então que “enquanto um motorista da Rodoviária do Tejo tem um salário de 621 euros, que na prática são 609, porque tem englobado o abono para falhas, um motorista [abrangido pelo contrato coletivo de trabalho] da ANTROP [Associação Nacional de Transportadores Rodoviários de Pesados de Passageiros] tem um salário a rondar os 650 euros”.
Os trabalhadores reivindicam, por isso, a “unificação das relações laborais”, assim como aumentos do salário e do subsídio de refeição, que é de 2,55 euros, valor que “não dá para comer uma sandes e beber um sumo”.
“O salário mínimo em janeiro ficará nos 600 euros e um motorista tem um salário de 609 euros, ou seja, grande parte destes motoristas fica com um salário nove euros acima do salário mínimo nacional e é inconcebível”, afirmou Manuel Castelão.
O REGIÃO DE LEIRIA tentou obter um comentário junto da administração da Rodoviária sobre a greve e o seu impacto mas ainda não obteve resposta.
Anónimo disse:
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