A demissão de Helder Roque da presidência do Conselho de Administração do Centro Hospitalar de Leiria é “mais um sinal de alarme” sobre “as graves necessidades” do hospital, considera Carlos Cortes, presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos.
Ao REGIÃO DE LEIRIA, Carlos Cortes adianta que “esta decisão [de demissão] é mais um sinal de alarme que vai na linha do que tem sido feito nas últimas semanas pela Ordem dos Médicos, pelos médicos do Hospital, pelos diretores de serviço, sindicatos e outras ordens, que têm alertado o Ministério da Saúde para as graves necessidades dos Hospital”.
Esta demissão, considera Carlos Cortes, atesta que “a Ordem dos Médicos tinha razão, dizendo que a situação é grave”. Este responsável considera ser “uma pena que o ministério da Saúde tenha estado tanto tempo a ignorar os problemas no Hospital de Leiria, desvalorizando, o que constituiu uma absoluta irresponsabilidade”.
Carlos Costa recorda que a OM deu conta ao ministério das “220 declarações de responsabilidade [de médicos que atestam não estarem reunidas condições para o desempenho de funções] que espelham até que ponto a situação é grave”.
O presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos considera que a situação daquela unidade hospitalar não é um “problema de pessoas”. “A preocupação da Ordem dos Médicos é a qualidade dos cuidados prestados”, afirma, adiantando que “não estamos em tempo de desistências, estamos num momento para nos empenharmos e a OM está empenhadíssima para ajudar a encontrar as soluções possíveis”.