Quando percebeu que estavam a prender quem tinha participado na “revolta do milho”, Maria do Outeirinho não pensou duas vezes e pôs-se em fuga. Ela que também lá tinha estado, naquela primavera de 1942, temeu o pior e, durante seis meses, “andou pelos matagais” do Souto da Carpalhosa, concelho de Leiria. Ninguém soube dela. Dormiu e comeu “sabe-se lá onde”, sem novas do filho Américo, de 13 anos, ela que era mãe solteira e quase sem família por perto que pudesse dar apoio naquela hora de aflição.
As heroínas do Souto da Carpalhosa que têm o nome gravado no Forte de Peniche
Este artigo tem mais de 6 anosMaria de Jesus Tomásia e Teresa Marques são os únicos nomes femininos que figuram no memorial inaugurado no Forte de Peniche, a 25 de abril de 2019. Mas uma terceira mulher do Souto da Carpalhosa pode ter estado ali presa