Linha do Oeste aguarda por obras de modernização entre Meleças e Caldas da Rainha mas o concurso público ainda não foi lançado. Foto de arquivo: Joaquim Dâmaso
O Governo vai reforçar, a partir de julho, as composições na linha ferroviária do Oeste para responder aos problemas das avarias e das supressões, evitando o que aconteceu no verão passado, anunciou hoje o ministro das Infraestruturas.
“Temos a preocupação de não ter os problemas que tivemos no ano passado e estamos a trabalhar para reforçar a partir de julho a Linha do Oeste”, afirmou o ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos.
O governante explicou que, no verão, com o aumento da temperatura e a necessidade de ligar o ar condicionado, as avarias das composições tendem a aumentar.
À margem da assinatura de um contrato entre a Câmara de Arruda dos Vinhos, no distrito de Lisboa, e o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana, Pedro Nuno Santos disse que quer “acautelar que, quando uma composição avaria, exista outra para a substituir”.
“Como estamos a eletrificar linhas no Norte, vamos conseguir libertar unidades que vamos deslocalizar para a Linha do Oeste para diminuir os problemas que a Linha do Oeste sofre todos os anos no verão”, adiantou.
Vão ser deslocalizadas unidades diesel dos troços Caíde/Marco, na Linha do Douro, e Nine/Viana, na Linha do Minho.
Das quatro unidades alugadas à espanhola Renfe, que ainda não estão a circular e que deverão ser entregues à CP até setembro, duas unidades vão reforçar o parque da Linha do Oeste.
Dentro de três a quatro anos, a solução poderá passar por novo material circulante que o Governo tenciona ter pronto a adquirir e para o qual decorre um concurso público.
No ano passado, por causa das avarias e da falta de manutenção do material circulante, a CP reduziu os horários na Linha do Oeste entre agosto e novembro, para evitar supressões de comboios.
A redução de horários e de comboios, assim como as supressões, motivaram queixas dos utentes.
A Linha do Oeste aguarda por obras de modernização entre Meleças (Sintra) e Caldas da Rainha, no valor de mais de 100 milhões de euros, mas o concurso público ainda não foi lançado.
A tutela esclareceu hoje que “os projetos de execução da modernização serão aprovados nos próximos meses”.
“Após a aprovação, serão efetuados os procedimentos que permitirão o lançamento dos concursos para as respetivas empreitadas”, segundo o Governo.
Agência Lusa