A Cefamol está a constituir, com empresas da indústria de moldes e sua cadeia de valor, um grupo de trabalho para refletir e definir estratégias e medidas de intervenção no âmbito da “gestão de pessoas”. A ação surge integrada no Programa Talentum que, desde o início deste ano, tem promovido ações de reflexão e debate sobre esta temática.
A ação procura dar respostas à “dificuldade que as empresas sentem em encontrar pessoas mais qualificadas que apoiem, com novas competências e conhecimento, a competitividade e sustentabilidade da indústria”, explica o secretário-geral da Cefamol, Manuel Oliveira.
“Temos noção de que a oferta das escolas não tem sido a suficiente para a procura do sector e deparamo-nos, muitas vezes, com discrepâncias entre a formação e as necessidades das empresas”, sublinha. Por outro lado, lembra que questões como a demografia (uma das consequências é o número diminuto de jovens que surgem no mercado de trabalho), a par da concorrência de outros sectores que procuram competências iguais às da indústria de moldes, são desafios que se colocam às empresas.
“É preciso trabalhar a atratividade do sector face a outros e criar condições para minimizar a rotação de pessoas entre empresas, reforçando o espírito de equipa e geração de talento nas organizações”, considera Manuel Oliveira.
O grupo de trabalho tem como missão refletir e definir estratégias em três eixos essenciais: a atração de talento, a gestão e retenção do talento e a definição de referenciais e boas práticas que possam ser partilhadas e trabalhadas no sector.
No Congresso da Indústria de Moldes, previsto para novembro, o grupo de trabalho já deverá apresentar um conjunto de propostas que possam envolver as empresas e contribuir para introduzir alguma mudança. A primeira reunião, juntando todos os que desejem participar, está prevista para o mês de julho.