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E se a Câmara comprasse o complexo de piscinas de São Pedro de Moel?

A aquisição do Complexo de Piscinas Oceânicas de São Pedro de Moel por parte do município da Marinha Grande é a mais recente solução apresentada para a discussão sobre o destino a dar a um equipamento que, durante décadas, funcionou como polo central no turismo deste concelho.

Vereadora propõe aquisição do icónico imóvel de São Pedro de Moel Foto de arquivo: Joaquim Dâmaso

A aquisição do Complexo de Piscinas Oceânicas de São Pedro de Moel por parte do município da Marinha Grande é a mais recente solução apresentada para a discussão sobre o destino a dar a um equipamento que, durante décadas, funcionou como polo central no turismo deste concelho.

Inaugurado a 1 de junho de 1967, um ano depois de arrancarem as obras para a sua construção pela mão da Promoel, na altura o complexo custou 16 mil contos (cerca de 80 mil euros). Contudo, o espaço fechou portas em 2013, tendo sido adquirido por uma empresa, o Grupo Oliveiras. E, até à data, continua encerrado sem que se conheçam planos para avançar, a breve trecho, com a sua reabilitação.

Para Alexandra Dengucho, vereadora da CDU no executivo municipal, a solução para o impasse radica na própria Câmara que, defende, deve decidir avançar com a aquisição daquele complexo: “é essencial ser a câmara a tomar nas suas mãos, de uma vez por todas, o destino do complexo de piscinas de São Pedro de Moel”, adiantou a vereadora na reunião do executivo, na segunda-feira, dia 15.

Para a autarca, a atitude certa neste caso “só pode ser uma: adquirir o espaço para o município”. Até porque, explica, a atual situação arrisca arrastar-se sem solução: “já vimos que a empresa que adquiriu o espaço não vai fazer nada ali e que a Agência Portuguesa do Ambiente não vai permitir, e se calhar bem, que a empresa proprietária do espaço leve por diante o seu projeto de construção”.

A eventual aquisição do imóvel deverá ser, solicitou a vereadora, debatida na próxima reunião de câmara. Até que isso aconteça, Alexandra Dengucho apela a que os partidos e as “forças vivas do concelho” avancem com sugestões sobre esta matéria. Não obstante, a vereadora da CDU deixou a sua proposta: manter as piscinas e assegurar a existência de restaurante, snack-bar, discoteca e auditório para espetáculos e conferências, um espaço que seria aberto a empresas e funcionaria todo o ano. Seria “toda uma panóplia de possibilidades que se abririam e que este município concessionaria em conjunto ou por área de negócio, com parceiros bem escolhidos”, defende.

O recurso a fundos comunitários e o apoio governamental seriam formas de assegurar o financiamento da reabertura do complexo, defende. A maioria socialista que dirige o município não comentou a proposta, prometendo responder por escrito às questões levantadas pelos vereadores da oposição. Entretanto, nos últimos dias registaram-se alguns trabalhos – que se supõem ser de manutenção – junto às piscinas. O REGIÃO DE LEIRIA procurou, sem sucesso, ouvir o Grupo Oliveiras, proprietário do imóvel, sobre a natureza destes trabalhos e a eventual disponibilidade para negociar a venda do complexo ao município.

Nota: Notícia originalmente publicada na edição impressa de 18 de julho do REGIÃO DE LEIRIA. 

Carlos S. Almeida
Jornalista
carlos.almeida@regiaodeleiria.pt

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