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Legislativas 2019

“Coração a arder” pelo Pinhal de Leiria é “recuperável”

Jerónimo Sousa afirma ser “profundamente doloroso” que um “património como este, riquíssimo e ligado à nossa história” perca a maior parte da mata. “Não nos esqueceremos do que aconteceu aqui”, disse.

De Vieira de Leiria quase até chegar a S. Pedro de Moel, Heloísa Apolónia, cabeça de lista da CDU por Leiria, e Jerónimo de Sousa, secretário-geral do PCP, seguiram à frente numa visita pela zona ardida do Pinhal de Leiria, na passada terça-feira.

“Investimento concreto na reflorestação da mata nacional de Leiria”, a “classificação como reserva da biosfera pela UNESCO” e a “criação de condições para a revitalização do património natural e da sua biodiversidade” são as promessas de Heloísa Apolónia para o Pinhal de Leiria.

Depois do incêndio de 2017 que resultou em “86% de área ardida”, a CDU quer travar o “desinvestimento” e “tornar a floresta mais resistente”, explica a primeira candidata da lista por Leiria.

A CDU acredita que, além da importância do setor produtivo florestal e da influência do pinhal no “combate às alterações climáticas”, também a população deve “poder usufruir do património coletivo”, que agora se encontra “encerrado”.

Ao seu lado, Jerónimo de Sousa aponta como principais problemas a “clara insuficiência de meios”, com apenas 12 trabalhadores para acompanhar, defender e proteger o pinhal. O “corte de 150 milhões de euros no apoio à floresta” aplicado pelo “antigo governo” é também destacado pelo secretário-geral da CDU.

Além do “reforço de trabalhadores e técnicos”, também o investimento público, com um equilíbrio entre o rendimento e o investimento, no Pinhal de Leiria faz parte da lista de propostas da CDU.

“A expressão é, de facto, ter o coração a arder e a sangrar pela perda que aqui existiu, mas que é recuperável e esse é que é o problema central”, completa Jerónimo Sousa.

O responsável afirma ser “profundamente doloroso” que um “património como este, riquíssimo e ligado à nossa história” perca a maior parte da mata. “Não nos esqueceremos do que aconteceu aqui”, conclui.

No que toca à mobilidade, Heloísa Apolónia descreve o distrito de Leiria como uma zona com “carência de transportes” e, por isso, defende a “modernização e eletrificação” da linha ferroviária do Oeste.

Sobre o desafio de ser primeira candidata da CDU por Leiria, refere que tem sentido “uma simpatia muito grande” e “um reconhecimento enormíssimo” pelo trabalho realizado no presente mandato. Heloísa Apolónia quer dar a Leiria uma “voz firme, atenta aos problemas e determinada na Assembleia da República”.

Joana Magalhães
Jornalista
joana.i.magalhaes@regiaodeleiria.pt

Joaquim Dâmaso
Fotojornalista
joaquim.damaso@regiaodeleiria.pt

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