A comitiva da RHI Initiative passou pelo espaço Serra, em Leiria Foto: CML
“Verdadeiramente mágica”, é assim que é descrita a música de Surma na rádio norte-americana WBEZ. Quem o diz é Catalina Maria Johnson, uma das jornalistas estrangeiras que fez parte da comitiva da RHI Initiative.
O evento passou por Leiria durante dois dias e trouxe produtores, agentes e jornalistas estrangeiros. Catalina Maria Johnson descreve Portugal como o “próximo destino ‘hipster’” que já está “na ponta da língua de toda a gente”.
No espaço Serra, em Leiria, teve a oportunidade de ouvir a “surpreendente e inesperada” Surma, além de Lince e, em vídeo, Whales e First Breath After Coma.
Num podcast da rádio norte-americana WBEZ, a jornalista destaca o trabalho de Surma, uma “jovem que cria tudo sozinha”. Fala ainda da editora Omnichord Records que diz ter um catálogo “fascinante”, composto por artistas que “não se associaria a Portugal”.
No rescaldo da RHI, Hugo Ferreira, responsável da editora leiriense, assume que “garantidamente” vão “aparecer concertos efetivos” para os artistas da Omnichord Records.
Nesta “semana surpreendente”, a jornalista sublinha a importância de ter conhecido música e cultura de outras zonas do país que não Lisboa e o tradicional fado.
Da viagem pela música portuguesa, Catalina Maria Johnson relembra ainda a passagem por Évora e o “incrivelmente bonito” canto alentejano. Mais a sul, em Loulé, é o trio composto apenas por mulheres – Moçoilas – que surpreende com uma música “teatral”, como “se fosse uma conversa”.
Por fim, a jornalista leva até à rádio norte-americana o ‘Samba da Matrafona’, de Torres Vedras. A música de Susana Félix, hino do carnaval de 2018, é um “maravilhoso símbolo” de como a música pode dissolver tensões – entre Portugal e o Brasil e entre homens e mulheres.
“É uma forma de nos juntarmos, apesar de todas as diferenças”, conclui.
Este é o primeiro eco da passagem da RHI Initiative por Leiria. Hugo Ferreira já tinha confirmado o sucesso do evento que permitiu aos participantes ver “um modelo comunitário de partilha e ação” e assistir a “um momento criativo e artístico como nunca tinham visto na vida”.
Pode ouvir o podcast completo aqui.
