Encontro juntou cerca de 100 pessoas e homenageou os primeiros trabalhadores da fábrica Fotos: Fernando Rodrigues
Quase a completar 99 anos, Luís Augusto dos Santos foi o antigo trabalhador com mais idade a participar no “Encontro de Famílias de Pioneiros ou seus Continuadores, da Fábrica de Cimentos da Maceira” que aconteceu este sábado, 12 de outubro.
Foi a primeira vez que este encontro se realizou e juntou cerca de uma centena de pessoas. O dia começou com uma visita guiada ao Museu da Fábrica e, ao meio-dia, foi celebrada missa em memória dos trabalhadores já falecidos, na capela do bairro da fábrica. O almoço serviu-se, pelas 13 horas, na sede da Casa do Pessoal.
Nuno Maia, diretor de comunicação da Secil, realçou o mérito de quem investiu numa zona onde nada existia. Lembrou que foi necessário ir buscar mão-de-obra a outras zonas do país e dar qualidade de vida a esses trabalhadores e seus familiares. Paralelamente à fábrica, um novo modelo laboral e social haveria de nascer com a construção do bairro de fábrica e a disponibilização de um conjunto de equipamentos a que uma boa parte da população não tinha acesso.
O encontrou contou ainda com a intervenção dos descendentes de famílias ligadas à fundação da fábrica, como José Rocha e Mello, Henrique Sommer, Gastão e Pinto e Amável Jardim Granger.
Entre os presentes, ficou o desejo de que este encontro se volte a realizar. Alguns familiares de antigos trabalhadores estiveram hoje pela primeira vez na Maceira e outros há décadas que não visitavam esta freguesia do concelho de Leiria.
A Fábrica de Cimento Maceira-Liz ocupa ainda hoje um lugar especial na história da indústria portuguesa. Pela mão de Rocha e Mello e Henrique Sommer, Portugal viu ser inaugurada a 3 de maio de 1923 a fábrica de cimento mais avançada do mundo.