O Tribunal de Leiria condenou hoje três pessoas a penas de prisão entre os 14 e os 17 anos, pelos crimes de roubo e sequestro agravado ocorridos em residências de idosos na região Centro.
O coletivo de juízes decidiu ainda absolver dois dos outros arguidos, ausentes do julgamento, considerando que “não se fez prova” do seu envolvimento nos assaltos.
Segundo a juiz presidente, fez-se prova de que os três arguidos presentes em tribunal estiveram envolvidos, pelo menos em dois dos assaltos cada um, nomeadamente através de “vestígios que foram deixados no local” e de “interceções telefónicas”.
“Pode-se concluir, sem dúvidas, da participação dos arguidos”, constatou.
As penas foram atribuídas de acordo com os antecedentes de cada um, justificou ainda a juiz presidente.
Assim, a pena de 17 anos foi aplicada ao arguido que mais antecedentes criminais tem, nomeadamente por furtos qualificados, tráfico de droga e roubo.
O outro arguido foi condenado a uma pena de 16 anos, enquanto o tribunal decretou 14 anos e seis meses a um terceiro acusado.
Todas as penas foram resultado de cúmulo jurídico, já que os crimes de roubo agravado e roubo agravado na sequência da morte de uma das pessoas assaltadas e sequestro agravado resultavam em condenações superiores a 36 anos, que ultrapassa o limite legal em Portugal.
A Polícia Judiciária do Centro deteve quatro homens em setembro de 2018 por presumível prática de crimes de roubo, sequestro e homicídio, ocorridos desde fevereiro desse ano nos concelhos de Leiria, Marinha Grande, Pombal, Figueira da Foz e Coimbra.
Fonte da diretoria do Centro da PJ adiantou na altura que também tinha sido detido, em flagrante delito, um quinto elemento suspeito de integrar o mesmo grupo.
Segundo a mesma fonte, o grupo era suspeito de ter agredido violentamente uma mulher de 85 anos durante um assalto, na sua própria casa, numa aldeia próximo de Pombal, que veio a falecer devido aos ferimentos provocados.
Lusa