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Porto de Mós

Obras “isolam” aldeia mas Câmara de Porto de Mós diz não haver remédio

Moradores da Bezerra desesperam com os quilómetros de acréscimo que o desvio obriga a percorrer para quem se desloca de automóvel até à sede do concelho ou da freguesia. Autarquia fala em segurança.

Na pequena aldeia de Bezerra, concelho de Porto de Mós, nos últimos dias, as deslocações à sede de concelho ou de freguesia, passaram a demorar muito mais tempo.

Por lá, sobra a incompreensão pelo facto de ser preciso acrescentar uma dezena de quilómetros para contornar as poucas centenas de metros de estrada que está fechada.

A culpa da situação é das obras de estabilização do talude da estrada que liga Bezerra a Serro Ventoso e que custam mais de 100 mil euros. Na prática, estes trabalhos visam eliminar o risco de queda de rochas para a via.

Entre os moradores da aldeia, há quem desespere com os vários quilómetros que o desvio obriga a percorrer para quem se desloca de automóvel. “São mais de vinte quilómetros de acréscimo” queixa-se Ana Gomes, moradora da Bezerra. “Estamos aqui fechados”, lamenta.

Até aqui, da aldeia até à vila de Porto de Mós, bastava percorrer cerca de oito quilómetros. Agora, o trajeto mais do que duplicou.

Ana Gomes até percebe a necessidade daquela intervenção, mas defende que existem caminhos alternativos que deveriam ter sido preparados antes de arrancarem as obras, para evitar estes transtornos. “Até pensámos em fazer um abaixo-assinado a protestar”, reclama.

Já o município, responsável pela intervenção, refere não ter recebido nenhuma queixa formal sobre o caso. E garante que não existem alternativas àquela já avançada pela autarquia e que tem uma “extensão total aproximada de 9,7 quilómetros e uma duração estimada de 13 minutos”.

As alternativas avançadas pelos moradores, “são caminhos de pé posto, onde é possível circular a pé ou de bicicleta mas que não reúnem condições para a circulação de veículos, além de se situarem em zona de Parque Natural”, refere a autarquia.

E a circulação alternada na via intervencionada, com uma extensão de cerca de 250 metros, não é uma opção. E porquê?

Por questões de segurança: “é uma situação que esteve sempre fora de questão, pelos riscos que acarreta”, explica ao REGIÃO DE LEIRIA a autarquia.

Aliás, acrescenta fonte municipal, “no decorrer dos trabalhos já ocorreu a queda de duas pedras de várias toneladas, o que comprova a urgência desta intervenção, há muito tempo pedida pelos moradores locais”. A conclusão das obras está prevista para o final de fevereiro.

Leia o artigo na edição de 30 de janeiro de 2020.

Carlos S. Almeida
Jornalista
carlos.almeida@regiaodeleiria.pt

Intervenção reduz risco de queda de rochas na via 

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