O Politécnico de Leiria está a liderar um consórcio de oito instituições de ensino superior com o objetivo de criar uma universidade europeia, que permita promover competências futuras e avançadas aos estudantes e desenvolver investigação em conjunto.
O presidente do Politécnico de Leiria, Rui Pedrosa, disse na terça-feira, dia 18, que a instituição tem “capacidade” para “dar um salto qualitativo na Europa” e liderar a rede de oito universidades de ciência aplicadas de seis países.
A oportunidade surgiu através do programa Erasmus +, promovido pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, e que “pretende apostar na valorização dos politécnicos”.
O consórcio vai apresentar a candidatura a Regional University Network – European University (RUN-EU) até ao dia 26.
“Os resultados são conhecidos em junho. Mas, independentemente do que suceder – embora acredite que temos todas as condições para ser RUN-EU – o trabalho em parceria vai continuar”, sublinhou Rui Pedrosa.
Este consórcio irá contribuir para o “desenvolvimento económico e sustentável das regiões abrangidas pela rede, fornecendo as competências necessárias para que estudantes e investigadores possam ajudar a resolver problemas do território das regiões e da Europa”.
Enfrentar os desafios do futuro e melhorar a competitividade internacional e nacional são as palavras-chave do grupo, liderado pelo Politécnico de Leiria, que terá a responsabilidade de coordenar e gerir a rede e garantir a sustentabilidade da universidade europeia, se ela se concretizar.
“Todos os parceiros têm uma co-coordenação e nós vamos ficar com a responsabilidade da construção da Future and Advanced Skills Academies, ou seja academias para preparar as competências avançadas dos estudantes para o futuro. Queremos que os nossos estudantes estejam na linha da frente”, destacou o presidente do Politécnico de Leiria.
Informando que a rede já está a funcionar, estando já em desenvolvimento projetos conjuntos de investigação, a mobilidade de professores e estudantes, e cursos avançados, Rui Pedrosa adiantou que o foco será a internacionalização com impacto nas regiões.
“Vamos criar equipas de investigação, para dar uma resposta internacional, nacional e regional, sobretudo em três áreas: indústria do futuro e desenvolvimento regional sustentável, bioeconomia e inovação social”, revelou.
As instituições de ensino superior irão ainda desenvolver um leque diversificado de ações de ensino e aprendizagem, disponibilizando aos estudantes diferentes programas internacionais (curta duração e e-learning), sendo igualmente implementados projetos de cooperação internacional no âmbito da investigação e desenvolvimento.
No futuro, os estudantes terão ainda a oportunidade de obter duplas/múltiplas titulações europeias no âmbito de programas conjuntos de formação.
Constituído pelos fundadores Politécnico de Leiria e Politécnico de Cávado e do Ave (Portugal), Limerick Institute of Technology (Irlanda), Athlone Institute of Technology (Irlanda), Széchenyi István University (SZE) (Hungria), Häme University of Applied Sciences HAMK (Finlândia), NHL Stenden University of Applied Sciences (Holanda) e pela FH Vorarlberg University of Applied Sciences (Áustria), Rui Pedrosa admitiu que “está na agenda alargar a rede a outras universidades”.
Lusa