A Câmara de Óbidos vai reorganizar serviços e colocar 50% dos trabalhadores em edifícios descentralizados ou em teletrabalho para assegurar os serviços públicos em caso de contaminação por Covid-19.
“Foi decidido, em articulação com a autoridade local de saúde e com os trabalhadores, que cerca de 50% por cento dos funcionários de cada serviço municipal continuam a trabalhar nos respetivos edifícios camarários, outros 25% trabalharão em outros espaços municipais descentralizados e outros 25% a partir de casa, caso haja essa possibilidade”, disse à agência Lusa o presidente do Município, Humberto Marques (PSD).
A medida afeta 185 trabalhadores da câmara e da empresa municipal Óbidos Criativa e foi desenhada de forma a que “em todos os serviços haja 50% dos trabalhadores em espaços descentralizados”, sendo a distribuição feita de forma rotativa.
A rotatividade dos colaboradores será de duas em duas semanas, até a epidemia estar controlada.
“Os primeiros trabalhadores a ficarem em casa, em teletrabalho, serão os considerados de maior risco”, disse o autarca, explicando que o objetivo é que, “em caso de diagnósticos positivos, se evite o contágio e se consiga garantir a manutenção dos serviços público”.
O modelo de contingência foi preparado com a delegação de saúde, com os chefes de divisão e com os serviços de informática para que a partir de sexta-feira se possa avançar com a reorganização pensada também para que a população possa “recorrer remotamente à maioria dos serviços e só tenha de se deslocar aos serviços em casos especiais”.
“[Esta reorganização] é possível porque o município tem vindo a trabalhar, nos últimos anos, na modernização administrativa, estando tecnicamente apetrechado para que os funcionários trabalhem em rede a partir de vários espaços”
Humberto Marques
As medidas são justificadas com o facto de Óbidos ser “uma vila muito turística, que recebe pessoas de todos os países e que por isso está exposta ao risco”, apesar de “os efeitos da pandemia terem já gerado uma diminuição do fluxo de visitantes e o cancelamento de muitas reservas”.
“Fazemos isto em nome da saúde pública e da rápida recuperação social e económica”, conclui Humberto Marques.
Em comunicado, o município apela à população para que trate os assuntos com a câmara através das plataformas já disponíveis (www.cm-obidos.pt), por telefone (262 955 500) e/ou correio electrónico (geral@cm-obidos.pt), evitando a deslocação aos Paços do Concelho. A Câmara está também a trabalhar no envio de referências multibanco para que os munícipes possam fazer os pagamentos através de homebanking.