A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) informou hoje que as celebrações do Tríduo Pascal devem acontecer sem participação física de fiéis, “no cumprimento das deliberações das autoridades civis e de saúde e segundo a real possibilidade”.
Em comunicado, no qual reafirma a “suspensão da celebração comunitária” da missa “até ser superada a atual situação de emergência” provocada pela pandemia de covid-19, a CEP, com base num Decreto da Congregação do Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, apela para que os fiéis sejam avisados “da hora de início [das cerimónias do Tríduo Pascal]”, de modo “a que se possam unir em oração nas respetivas habitações”.
Por outro lado, “as transmissões das celebrações litúrgicas” devem acontecer “em direto, não gravadas”.
Segundo a nota hoje divulgada pela CEP, os bispos diocesanos podem adiar para uma data posterior a Missa Crismal, celebração realizada na Quinta-feira Santa na catedral de cada diocese, que consiste na Bênção dos Óleos e renovação das promessas sacerdotais por parte dos padres diante do bispo.
O responsável por cada diocese pode decidir, ainda, a transferência para “datas mais convenientes as expressões de piedade popular e as procissões” da Semana Santa e do Tríduo Pascal.
A CEP, numa outra nota, anunciou que na próxima quarta-feira, “todas as dioceses estarão unidas” na oração do terço “pelas intenções de todo o mundo e em particular de Portugal, nesta situação dramática” decorrente da pandemia de covid-19.
Após esta oração, que terá início às 18h30, na Basílica de Nossa Senhora do Rosário do Santuário de Fátima e será presidida pelo cardeal António Marto, bispo de Leiria-Fátima, será feita “a renovação da consagração de Portugal ao Sagrado Coração de Jesus e ao Imaculado Coração de Maria”.
Portugal encontra-se em estado de emergência desde as 00h00 de quinta-feira, depois de a Assembleia da República ter aprovado na quarta-feira o decreto que lhe foi submetido pelo Presidente da República, com o objetivo de combater a pandemia da covid-19, após a proposta ter recebido pareceres favoráveis do Conselho de Estado e do Governo.
O estado de emergência proposto pelo Presidente prolonga-se até às 23h59 de 2 de abril.