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Covid-19: Bombeiros e técnicos de apoio domiciliário estão há três dias à espera de teste, diz autarca do Bombarral

Técnicas de apoio domiciliário são as únicas funcionárias de uma empresa da qual dependem 40 idosos, dos concelhos do Bombarral e do Cadaval.

Ricardo Fernandes, presidente da Câmara do Bombarral, diz que a autarquia se tem “desdobrado em contactos

Doze técnicas de apoio domiciliário e 14 bombeiros do Bombarral estão há três dias em quarentena voluntária e à espera para serem testados à covid-19, depois de terem contactado com um doente infetado, alertou hoje o presidente da câmara.

Ricardo Fernandes disse à agência Lusa que a autarquia se tem “desdobrado em contactos” com o intuito de acelerar a realização do teste a estes profissionais.

“Não podemos estar com paninhos quentes. Espero que sejam hoje testados, mas não tenho essa garantia”.

Ricardo Fernandes, presidente da Câmara do Bombarral

Os 24 casos em vigilância “estão em quarentena voluntária e não têm sintomas”, explicou, reforçando por isso o pedido para serem testados o quanto antes para, caso deem negativo, voltarem à sua vida profissional.

Segundo o presidente da câmara, as 12 técnicas de apoio domiciliário são as únicas funcionárias de uma empresa que presta serviço nessa área e da qual dependem 40 idosos dependentes de apoio, dos concelhos do Bombarral e do Cadaval.

Os utentes “estão a receber apoio dos familiares ou de outras pessoas que a empresa conseguiu encontrar para substituir” as suas funcionárias, explicou o autarca, que teme que a situação se torne insustentável com o passar dos dias.

Da mesma forma, 14 bombeiros da corporação local estão em quarentena, entre um corpo ativo de 60 elementos.

Contactado pelo REGIÃO DE LEIRIA, Pedro Lourenço, comandante dos Bombeiros Voluntários do Bombarral, desmente que os elementos estejam “de quarentena”, em isolamento ou sob vigilânica, mas antes “em casa, seguindo as orientações transmitidas pelo delegado de saúde pública”.

“Nos serviços que realizaram, os bombeiros tiveram as precauções recomendadas para proteção individual”, explica, justificando que “de momento não estão a realizar serviços na corporação” e aguardam em casa “o compromisso de realizarem testes” de análise à covid-19.

O autarca Ricardo Fernandes adianta que está a acompanhar este grupo de 26 cidadãos “com preocupação”, num concelho com 13 mil habitantes, onde os meios são poucos.

O grupo contactou com o primeiro caso de infeção que surgiu no concelho, o de um idoso acamado em casa, na freguesia de Bombarral e Vale Covo, e que no último mês foi transportado “repetidamente” à unidade de Caldas da Rainha do Centro Hospitalar do Oeste.

O concelho regista dois casos confirmados de covid-19, sendo o segundo caso o de uma mulher, da mesma freguesia do primeiro e que contraiu o vírus no âmbito da sua atividade profissional fora deste concelho, informou a autarquia em comunicado.

No Centro Hospitalar do Oeste, existem cerca de 10 profissionais em quarentena à espera de resultados, mas “nenhum deu positivo” até quinta-feira, disse à Lusa a administradora da instituição, Elsa Baião.

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