1- Adote uma dieta equilibrada
De acordo com Tânia Jorge, nutricionista do Centro Hospitalar de Leiria e da clínica Nutriente, é recomendado, antes de mais, manter uma alimentação saudável em casa, para garantir o bom funcionamento do sistema imunitário e prevenir o aumento de peso causado pelo maior sedentarismo da quarentena. Por isso, a dieta mediterrânica é recomendada “agora e sempre”. “Tem por base o consumo de alimentos de origem vegetal, como hortícolas, frutas, cereais pouco refinados, leguminosas, oleaginosas, o consumo de peixe e o uso de azeite como principal fonte de gordura”, explica a especialista.
2- Priorize alimentos da estação
O produtos de cada época além de terem o seu sabor natural, recebem menos químicos na plantação. O chef e orientador do curso de Cozinha e Pastelaria Escola de Hotelaria de Fátima, Yannick Génard, lembra ainda alguns tipos de legumes “de grande conservação”, quando bem condicionados. São eles: cenouras, couves, batatas, cabeça de nabo, raiz de aipo, abóbora, beterraba, couve-flor, cabeça de funcho, alface, alface cordeiro, brócolos e cebolas.
3- Aposte em frutas
“As frutas podem ser cozinhadas para se conservarem durante mais tempo”, enfatiza Yannick. Dê preferência aos abacaxis, bananas, laranjas, limões, maçãs, pêras, kiwis e também aos frutos secos.
4- Planeie as refeições
“Temos o dever social de fazer compras responsáveis e comprar só as quantidades essenciais”, recorda Tânia. Uma boa solução é fazer uma lista de compras a partir do que se pensou consumir nos próximos dias.
O chef da EHF vai mais além e sugere que sejam privilegiados carnes e métodos de confeção que possam ser servidos em mais do que uma refeição. “Como os assados, guisados, estufados, sabendo que, reaquecidos, esses tipos de cozinhados ficam com um sabor mais apurado”, completa o cozinheiro.
5- Escolha alimentos com maior durabilidade
Produtos congelados (legumes, carne e peixe) e em conserva (atum, cavala e sardinha) são aliados neste período, mas é preciso atenção aos rótulos, pondera a nutricionista do CHL. A referência a ter em conta deve considerar 100 gramas do conteúdo e que este não ultrapasse os 5 gramas de açúcar, os 3 gramas de gordura (lipídios) e os 0,3 gramas de sal. O pão do dia também pode ser congelado e preferido ao invés do embalado.
6- Regule o frigorífico
Os eletrodomésticos devem ter suas funções ajustadas para prevenir bactérias e micróbios nos alimentos. “Mantenha sempre o seu equipamento nos 4ºC e o seu congelador nos 17ºC negativos, e nunca encha o frigorífico em demasia, para poder manter uma temperatura baixa e consistente”, ensina Yannick.
7- Saiba congelar
“Nunca se deve introduzir alimentos quentes diretamente no congelador”, orienta Tânia Jorge. “Para os legumes deve-se lavar e retirar as partes não comestíveis, depois, mergulhá-los durante um ou dois minutos em água a ferver e, por fim, passá-los por água fria e secar antes de congelar”, acrescenta. “No caso da carne, retire os ossos, a gordura excessiva e os tendões”. Para descongelar, o alimento deve ser colocado no frigorífico na véspera e nunca à temperatura ambiente.
8- Identifique os conteúdos
Coloque nome e data nas porções para facilitar a procura pelo alimento e também garantir o consumo dos produtos mais antigos primeiro, aconselha a nutricionista.
9- Não misture
Os legumes devem ser guardados separados das frutas no frigorífico. Isso porque essas últimas produzem uma substância chamada “etileno”, que ajuda a fruta a amadurecer, mas faz com que os legumes apodreçam mais rápido, sublinha Yannick.
10- Deixe fora
Por fim, cebola, abóbora, batatas e tomate devem ser conservados em “local fresco, escuro e sem humidade”, e não no frigorífico, pois podem perder cheiro e textura no interior frio, esclarece o chef.
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