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Covid-19

Covid-19: Concessionários receiam ficar sem trabalho na época balnear

Em São Pedro de Moel, uma empresária investiu oito mil euros num novo bar de praia, mas não sabe se vai abrir

A abertura da época balnear ainda é “incerta” para o sector que “vive do sol”, seja para os concessionários de praia ou nadadores-salvadores, que não sabem quando começam a trabalhar ou se haverá vigilantes suficientes.

Em São Pedro de Moel, na Marinha Grande, uma empresária investiu oito mil euros num projeto para o novo bar de praia, mas não sabe se irá conseguir abrir.

“Vou pagar a licença, mas nem sei como vai ser. A época balnear abre em 15 de junho, mas não temos qualquer informação. Vamos ver quais serão as condições, se dá para abrir o bar ou apenas montar as tendas e toldos”, mencionou Natália Loureiro.

“Se não conseguirmos abrir as nossas empresas na praia vai ser o caos, vai ser muito difícil para os empresários porque vão à falência”, disse o presidente da Federação Portuguesa dos Concessionários de Praia, João Carreira, que mantém a esperança de que seja possível “abrir devagarinho” em junho.

Segundo o responsável, devido à pandemia da Covid-19, os concessionários que estão abertos durante todo o ano tiveram de recorrer ao ‘lay-off’ e alguns estão com “problemas gravíssimos” em preparar o próximo verão, porque já perderam o mês de abril e ainda “é tudo muito incerto”.

No entanto, mesmo que a época balnear possa começar de forma generalizada em junho, há outro “grande problema” que está a preocupar o sector: “a falta de nadadores-salvadores”, porque a Covid-19 também impediu a realização dos cursos.

A situação foi confirmada pelo presidente da Federação Portuguesa de Nadadores-Salvadores, Alexandre Tadeia, que duvida que “seja possível formar a mesma quantidade de vigilantes” dos anos anteriores”, até porque o curso dura um mês.

“Nós temos um estudo que nos indica que apenas 50% dos nadadores-salvadores voltam a trabalhar na época seguinte, o que quer dizer que todos os anos temos de formar aproximadamente metade dos nadadores-salvadores de que necessitamos para a época balnear”, explicou.

Este ano deveriam ter sido formados entre 1.500 e 2.000 vigilantes de praia, o que levou a Autoridade Marítima Nacional a estender a validade dos cartões que expiraram recentemente, mas a medida pode não ser suficiente.

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