Há duas semanas que Ângela Lopes vive num apartamento que está longe de ser o lar que partilhava até há poucos dias com o marido, João Custódio, sócio-gerente da Manulena, e o filho de ambos.
É enfermeira no Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT) e a pandemia da Covid-19 obrigou-a a permanecer em isolamento nas poucas horas de repouso que os dias longos de trabalho lhe reservam.
Os últimos dias “têm sido vividos com muitas horas de trabalho” para que os doentes recebam os melhores cuidados e os profissionais de saúde se sintam seguros, conta ao REGIÃO DE LEIRIA.
Cientes da importância do trabalho dos profissionais de saúde, grupo em que se inclui Ângela Lopes, João Custódio e o filho decidiram surpreendê-la e prestar-lhe uma homenagem.
Na hora de escolher a forma de reconhecimento, o empresário não teve dúvidas: “A vela simboliza a luz, a esperança e o amor que deve guiar-nos a todos nesta hora difícil”.
Para isso, acenderam 500 velas fabricadas na empresa, como sinal de luz e esperança, com as quais escreveram as palavras que têm estado na ordem do dia: “Vai ficar tudo bem”.
Ao ser surpreendida pela família, a enfermeira diz que sentiu “um turbilhão de emoções” e uma “manifestação de amor, carinho e homenagem” a quem está na linha da frente da luta contra o Coronavírus.
A Manulena está instalada em Mira de Aire, no concelho de Porto de Mós, tem mais de 50 anos de história e abriu, em maio de 2017, a primeira loja em Fátima.
O momento foi partilhado na página de Facebook da Manulena, com uma fotografia das velas.