Para início de conversa, não é fácil. Desde o tipo de levedura ou fermento escolhido para fazer a massa crescer até a ida ao forno, são muitas as variáveis que se combinam para o resultado de um bom pão.
O tempo a mais em casa pela quarentena e a memória omnipresente deste produto nas mais diversas refeições, todavia, deram margem para que muitos principiantes ousassem testar uma receita de padeiro, mas nem todos foram bem sucedidos.
À frente da Real Padaria, Vasco Noronha é o primeiro a alertar os clientes que chegam à procura de alguma orientação: “Prepare-se porque vai correr mal”, repete, bem-humorado, o que costuma dizer aos iniciantes. “O pão não resulta de qualquer maneira. Nós todos sabemos que é uma coisa muito complexa”, confirma.
Embora tenha um chefe de padaria exclusivamente dedicado às criações tradicionais e autorais que expõe na montra, o empresário decidiu ouvir a procura de meia dúzia de clientes que apareceu na loja, à época do isolamento social, para comprar o ingrediente principal que faz a massa expandir. Bastou confirmar a disponibilidade em stock com o fornecedor para decidir que iria, todos os dias, oferecer 10 pacotinhos de fermento fresco a quem quisesse.
A ação teve como base a filosofia que, desde o início, rege o negócio – e vai na contramão do alerta de que Vasco estaria a criar uma concorrência a ele próprio. “Nós damos a experimentar e assim geramos emoções que, por sua vez, resultam em confiança”, explica o raciocínio. “Perder clientes?”, repete o que ouviu, sem conter o riso. “As pessoas não querem perder tempo a fazer pão”, acredita. “Elas fazem agora porque têm tempo, porque é divertido e porque evita que as pessoas saiam de casa”, justifica o ponto de vista.
Seja como for, no passado mês de abril foram muitas as publicações nas redes sociais que mostraram conhecidos a irem para a cozinha para assar a própria massa. Segundo o padeiro e formador Marco Marques, o comportamento tem como base “os tempos imemoriais”, onde o pão tem sua “presença indispensável”, desde o pequeno-almoço até o jantar na mesa portuguesa.
“Neste período de isolamento social criou-se uma renovada tendência a voltar a confecionar o belo pão nosso de cada dia”, explica.
Embora vários fatores devam ser considerados antes de uma fornada, Marco garante que, “como qualquer receita, tendo as condições mínimas é sempre possível a sua realização”. E essas condições passam, nomeadamente, por ter uma bancada lisa e um forno disponíveis.
Na sequência, o especialista em pães elenca a escolha da melhor levedura como um ponto “essencial” para o êxito. No caso de uma confeção caseira, é aconselhável a utilização do fermento de padeiro fresco ou então o natural, a partir da mistura de massa mãe. É importante também seguir à risca a quantidade de fermento citado na receita, a fim de evitar que o pão fique demasiado ácido. Veja as regras básicas a seguir.
5 dicas para fazer um bom pão
1 – Esteja atento à quantidade exata dos ingredientes
2 – Amasse bem a massa, garantindo a ativação do glúten
3 – Proteja a mistura de correntes de ar e garanta que a temperatura ambiente não esteja elevada
4 – Cubra a massa com um pano para garantir que o processo de fermentação é eficaz e mais rápido
5 – Caso o forno não tenha sistema de humidade, acrescente um recipiente de água durante a cozedura, para que o pão tenha aspeto rústico e fique estaladiço
Gui Domingues disse:
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