Hugo Matos está retido, há mais de um mês, em Vila Verde, na Ilha do Sal, em Cabo Verde, para onde viajou no dia 11 de março para dar o primeiro curso de assistente de proteção pessoal a formandos de segurança privada.
O voo de regresso, que estava agendado para o passado dia 27 de março, não aconteceu devido à pandemia e à inexistência de voos e, desde então, o instrutor da Operacional Sapiens Defense (OSD) está impedido de regressar a casa.
“Tenho estado num apartamento cedido por um colega de curso, mas a alimentação e todas as outras despesas estão a meu cargo”, explica Hugo Matos, um dos 25 portugueses retidos na Ilha do Sal, onde não há casos confirmados de pessoas infetadas com a Covid-19.
“Sei que cinco mil portugueses já foram reencaminhados para Portugal, mas ainda faltam 800 espalhados pelos quatro cantos do mundo”, conta o alcobacense, residente na Nazaré.
Além das diligências feitas pelo presidente da Câmara da Nazaré, também a concelhia de Alcobaça do PS enviou, esta semana, uma carta dirigida a António Costa e a José Luís Carneiro, secretário-geral e secretário-geral adjunto do partido socialista, respetivamente, pedindo apoio para o repatriamento do português.
Sem qualquer previsão de regresso, Hugo Matos aguarda notícias para voltar a casa, onde tem a mulher e os dois filhos à sua espera.
SV