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Covid-19

Covid-19: Confirmados 41 casos devido a surto em lar de Aljubarrota

Há mais seis casos positivos de infeção relacionados com o lar da Santa Casa da Misericórdia, a somar aos 35 já divulgados

Os testes realizados aos funcionários do lar da Santa Casa da Misericórdia de Aljubarrota, concelho de Alcobaça, confirmaram hoje mais quatro casos positivos de infeção pelo novo coronavírus entre funcionários e dois entre familiares de funcionários.

Estes seis casos elevam para 41 o total de diagnósticos positivos relacionados com a instituição, somando-se aos 35 casos de infeção já divulgados: 29 entre utentes e seis entre funcionários.

Todos os funcionários e utentes residentes na instituição foram já rastreados, “estando ainda a ser feito um levantamento dos utentes que usufruem de apoio domiciliário e que estiveram em contacto com funcionários infetados”.

O balanço foi feito hoje pelo presidente da Câmara de Alcobaça, depois de terem sido conhecidos os últimos resultados dos 100 testes efetuados e que levaram ao encerramento preventivo da creche e jardim-de-infância da instituição.

Já hoje de manhã, “a GNR procedeu à descontaminação de todo o edifício”, mantendo-se “os seis idosos com resultados negativos numa ala isolada” e os 29 positivos “isolados nos respetivos quartos”, explicou Paulo Inácio, citado pela agência Lusa.

Citado numa nota de imprensa, Jorge Nunes, coordenador do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Oeste Norte, lembrou por sua vez que “todas as IPSS do concelho de Alcobaça foram testadas há pouco mais de um mês, não se tendo registado nenhum caso positivo nesta instituição”.

“Isto quer dizer que a pandemia acarreta riscos de contágio que têm de ser ponderados diariamente. Os organismos com responsabilidades nesta matéria estão a fazer o seu trabalho de forma proativa, mas a prevenção parte também das pessoas e das comunidades. Não podemos entrar em facilitismos sob risco estas situações ocorrerem com maior regularidade e gravidade”, alertou.

“O teste [de rastreio] não é uma vacina

Hoje ainda, a diretora-geral de Saúde considerou que os funcionários de lares “têm uma responsabilidade acrescida”, nomeadamente no cumprimento das regras de prevenção da Covid-19, frisando que “o teste [de rastreio] não é uma vacina”, mas uma “fotografia do momento”.

“Temos de apostar na formação, na literacia para as regras de higiene. Os idosos estão circunscritos àquele espaço [ao lar]. Se são infetados é porque alguém do exterior traz a infeção. Os funcionários têm uma responsabilidade acrescida, porque foram testados e cuidam de pessoas mais velhas, mais vulneráveis”, afirmou Graça Freitas na conferência de imprensa sobre a situação epidemiológica do novo coronavírus.

“As pessoas testadas têm uma obrigação ainda maior de se protegerem e de protegerem os outros, bem como de cumprirem todas as orientações da DGS”, frisou, notando que “não vale a pena testar se, a seguir, não se tomarem precauções para evitar a contaminação”.

Câmara de Alcobaça pede programa de testes para trabalhadores sazonais

Paulo Inácio, presidente da Câmara de Alcobaça, apelou ainda hoje ao Governo para testar os trabalhadores sazonais da apanha da fruta.

A vinda de “milhares de trabalhadores para a região, sem a realização de testes, pode tornar-se numa situação gravíssima”, alertou o autarca, defendendo a “obrigatoriedade de as autoridades acautelarem este cenário”.

Paulo Inácio apelou ainda à criação de “um programa de testes semelhante àquele que foi definido para o setor das pescas” e que as empresas de trabalho temporário, que contratam migrantes para as campanhas de apanha da fruta, “não possam colocar no terreno pessoas que não apresentem testes recentes”.

Em declarações à Lusa, defendeu ainda “uma fiscalização mais atuante por parte da Autoridade das Condições de Trabalho (ACT) para garantir condições de habitabilidade e salubridade” àqueles trabalhadores, “na sua maioria oriundos de vários países dos continentes africano e asiático, acomodados frequentemente em condições infra-humanas”.

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