Criar melhores condições às espécies nativas do habitat da ilha da Berlenga, em Peniche, é o principal objetivo do projeto finalista do Prémio Europeu Natura 2000.
Denominado LIFE Berlengas, o projeto coordenado pela Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA), pretende proteger espécies nativas da ilha, em especial as aves marinhas e as plantas.
O desenvolvimento do projeto envolveu cinco parceiros e foi selecionado entre 36 candidaturas na categoria “Conservação” do prémio europeu.
O LIFE Berlengas decorreu entre 2014 e 2019 e está ainda a concurso na categoria “escolha do público”, com votação que acontece online até 15 de setembro, no site da Rede Natura 2000.
Para Joana Andrade, coordenadora do projeto, “ser finalista do prémio Natura 2000 mostra que o trabalho na Berlenga é um caso de sucesso e um exemplo a seguir”.
A SPEA explica, em comunicado, que a seleção como finalista deste prémio é o reconhecimento do “sucesso das ações de recuperação de habitat, através do controlo de espécies exóticas invasoras e construção de ninhos artificiais”.
A associação destaca ainda o nascimento da primeira cria de roque-de-castro na ilha da Berlenga, a remoção de quase a totalidade do chorão da ilha – um “tapete” verde que cobria de verde uma boa parte da ilha e impedia as plantas nativas de se desenvolverem – , bem como as câmaras online que permitiram “seguir em direto o desenvolvimento de crias de cagarra e galheta”, tudo ações inseridas no projeto.
O Prémio Natura 2000 foi criado pela Comissão Europeia para celebrar e promover as melhores práticas para a conservação da natureza na Europa. Os vencedores serão revelados a 14 de outubro, em Bruxelas.
Veja em baixo a galeria de imagens capturadas no decorrer do projeto.