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Cultura

Cinco escultores criam na Villa Portela obras para o jardim da Almuinha

Residência artística arranca dia 6 de julho e o público é convidado a acompanhar ao vivo o trabalho de Abílio Febra, Filipe Curado, Thierry Ferreira, Mário Lopes e Vítor Reis.

Os cinco escultores participantes na residência na Villa Portela, com o responsável da Filstone, que fornece a pedra, e a vereadora da Cultura da Câmara de Leiria Foto: CML

Cinco escultores vão desenvolver durante 15 dias uma residência artística nos jardins da Villa Portela, em Leiria, e criar cinco obras originais em pedra para o jardim da Almuinha, naquela cidade.

O projeto foi apresentado hoje e envolve Abílio Febra, Mário Lopes, Thierry Ferreira, Filipe Curado e Vítor Reis, que, de segunda-feira até dia 19 de julho, vão trabalhar 20 toneladas de calcário para criar cinco esculturas originais.

A residência surgiu originalmente com a ambição de juntar também escultores estrangeiros. Mas, explicou a vereadora da Cultura da Câmara de Leiria, a pandemia de Covid-19 quase comprometeu a realização da iniciativa.

“Pensámos em desistir, mas decidimos que não. Faz todo o sentido realizar nos moldes em que estava prevista [a residência]. É muito importante avançar com projetos desta natureza, é tempo de dar força aos artistas”, afirmou Anabela Graça.

Apesar de envolver artistas de Leiria, Batalha, Alcobaça e Caldas da Rainha, a residência conta com alguns dos melhores escultores nacionais, com experiência internacional e prémios conquistados no estrangeiro.

“Apesar de ser a ‘prata da casa’, são escultores de nível. Não vão envergonhar a cidade”, garantiu Abílio Febra, mentor do projeto e, também, um dos escultores participantes.

A residência serve para mostrar o trabalho dos cinco artistas – que pode ser acompanhado ao vivo pelo público – mas também para revelar um pouco da futura função da Villa Portela, onde o município quer criar um centro de artes. A par disso, liga agentes da Rede Cultura 2027, que prepara a candidatura de Leiria a Capital Europeia da Cultura.

“Temos dos melhores escultores da região. Esta residência vai valorizar o seu trabalho artístico e talento, e a sua experiência internacional valoriza esta residência. São 15 dias de criação em que vão estar juntos, a fomentar a arte para a cidade”, diz a vereadora, que espera ser possível, a partir dali, “sentir o que os artistas pensam” para ajudar a “planear o futuro”.

Ao longo de duas semanas, as 20 toneladas de calcário da Serra de Aire, cedidos pela Filstone, uma empresa de Fátima, vão ser transformados em cinco obras de arte que vão decorar o jardim da Almuinha, criado em Leiria e inspirado precisamente no Maciço Calcário Estremenho.

Para um dos escultores envolvidos, Thierry Ferreira, esta é uma oportunidade especial.

“A arte não serve para nada. Em tempos de crise, menos ainda. O facto de isto acontecer nesta altura, é sinal de que estamos vivos. Obrigado por me ajudarem a sentir vivo”, afirmou.

O programa prevê ainda momentos musicais, da responsabilidade do Orfeão de Leiria, e uma conversa sobre arte pública na cidade, agendada para 17 de julho.

Diariamente (com exceção dos domingos) o público é convidado a acompanhar o trabalho dos artistas, no período entre as 15 horas e as 17h30.

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