Os deputados do PSD eleitos por Leiria questionaram a ministra da Cultura sobre o facto de as Grutas de Mira de Aire, em Porto de Mós, ainda não terem reaberto.
Na pergunta enviada, os deputados constatam que “as grutas nos outros países da Europa e EUA encontram-se abertas ao público” e sublinham que o espaço de Mira de Aire tem “o plano de contingência aprovado, que ainda é mais restritivo do que a DGS [Direção-Geral da Saúde] aconselha”.
“Por que razão ainda não podem abrir ao público as grutas de Mira De Aire? Para quando está prevista a sua abertura ao público?”, questionam os sociais-democratas Olga Silvestre, Hugo Oliveira, Margarida Balseiro Lopes, Pedro Roque e João Marques.
Os deputados informam ainda que, apesar de se tratar de um espaço “com humidade”, existe “imenso arejamento devido às entradas e saídas de ar natural, que permite uma constante renovação de ar”.
Os sociais-democratas consideram que “não se justifica manter o encerramento das grutas de Mira de Aire, atendendo a que todos os museus, monumentos e imóveis equiparados estão abertos ao público”, refere a missiva enviada à ministra da Cultura, Graça Fonseca.
Segundo os sociais-democratas, a abertura das grutas é “determinante” para a economia local, sendo que a “administração já solicitou a sua abertura a várias entidades, designadamente à senhora secretária de Estado do Turismo, à DGS, ao senhor secretário de Estado da Saúde, e o pedido não foi ainda concedido”.
“Os operadores turísticos estão constantemente a pressionar e não existe uma resposta ou uma data para lhes indicar”, reforçam.
As grutas encontram-se encerradas desde o dia 15 de março, segundo o documento, possuem 18 trabalhadores “com dependência direta das visitas do público às grutas e em número muito significativo dependem delas indiretamente diversos trabalhadores e instituições”.
As grutas de Mira de Aire são “consideradas uma autêntica catedral subterrânea”.
“São as maiores de Portugal e possuem uma extensão superior a 11 quilómetros, com inúmeras ligações ao exterior através de algares e fendas e ainda portas”.