O incêndio que se iniciou esta tarde na freguesia do Arrabal, no concelho de Leiria, estava “90% em resolução” ao início da noite.
“O incêndio está 90% em resolução. Só 10% está ativo. Contamos dentro de meia hora a uma hora ter o incêndio todo em resolução”, informou o comandante, num ponto de situação feito pelas 20h50.
Em declarações à Lusa, o comandante admitiu que, com a mudança do vento, “temeu-se” que colocasse casas em risco, “tendo em conta a violência do incêndio”.
“Ele [incêndio] arrancou com muita violência. Foram projetados muitos meios no teatro de operações e rapidamente conseguimos debelar a situação”, acrescentou.
Segundo Elísio Pereira, a “orografia” do terreno foi a situação mais complicada, “tendo em conta a vegetação que estava algo densa”. “Quando se conseguiu posicionar os meios, resolveu-se a situação com alguma facilidade”, sublinhou.
O comandante informou ainda que estiveram no combate ao incêndio 240 bombeiros, apoiados por 60 veículos, seis meios aéreos, dos quais “quatro de asa fixa, um de ataque inicial e um de ataque ampliado”.
Já perto das 22 horas, o presidente da Câmara Municipal de Leiria também deu conta da situação no seu perfil no Facebook. “A sair do Arrabal. Situação controlada”, comunicou Gonçalo Lopes, reforçando as suas preocupações para o fim de semana, considerando o alerta para o tempo quente na região. “O dia de amanhã será complexo e a probabilidade de reacendimentos é elevada”, lembrou. “Muita vigilância e prevenção é o apelo que volto a fazer, pois as temperaturas serão muito altas”, frisou.
Ainda no local, o autarca lembrou o incêndio de outubro de 2017, que “derreteu o Pinhal de Leiria”, e sublinhou o pedido para que “nas próximas horas, em especial sábado e domingo, não haja nenhum tipo de atividade rural e que respeitem o clima perigoso que se vai fazer sentir neste país”. O presidente enfatizou também que não quer “que isso volte a acontecer em nenhum ponto do país”.
Quanto ao incêndio do Arrabal, “aquilo que aconteceu hoje foi uma resposta rápida de meios aéreos e humanos e conseguiu-se controlar em poucas horas aquilo que poderia ser uma situação perigosa. Como sabemos, a temperatura vai estar alta e era muito importante que houvesse um sentimento de prevenção de todos”, reforçou.
Gonçalo Lopes advertiu ainda que se houvesse “vários incêndios dispersos pelo país, se calhar a resposta não teria sido tão rápida e tão eficaz como aconteceu hoje”.
Meios envolvidos
No teatro de operações estiveram ainda 16 militares da GNR, assim como 11 escuteiros, representantes da Segurança Social e das Juntas de Freguesia do Arrabal e de Santa Catarina da Serra e Chainça.
Os meios aéreos já recolheram, estando, neste momento, os “meios terrestres a acabar o resto que está a arder”.
“Temos os meios em todo o perímetro a consolidar as ações de rescaldo. Daqui a algumas horas os meios de mais longe começam a ser desmobilizados”, informou ainda Elísio Pereira.