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Cultura

Casa Varela abre em Pombal como residência artística ‘fora da caixa’

Neste espaço pretende-se explorar as potencialidades dos agentes e coletividades do concelho.

A Casa Varela, que foi hoje em Pombal apresentada à comunicação social, surge como residência artística e como um espaço para acolher todas as criações artísticas, promovendo a diversidade e reforçando as redes de partilha com vista ao desenvolvimento do território.

“Não é um formato clássico. O espaço apresenta-se como multifunções culturais, onde se pretende explorar as potencialidades dos agentes e coletividades do concelho, não só do seu trabalho individual, como em conjunto”, disse à agência Lusa o presidente do Município de Pombal, Diogo Mateus.

O autarca entende que o projeto Casa Varela funciona ao contrário: “Não é a Câmara que propõe e financia, mas parte dos agentes a apresentação de propostas”.

“A casa é um meio para a produção cultural e não o fim. Ali, todos têm oportunidade de desenvolver projetos. Não há nada – dentro da capacidade e das regras – que não possa ser aceite”, salientou Diogo Mateus.

A Casa Varela foi concebida para receber todo o tipo de artistas, permitindo que possam nascer novos projetos da rede entre os agentes.

“A ideia é pôr toda a gente a trabalhar em conjunto, dando corpo a projetos, sem diminuir a criatividade individual, de forma a contribuir para a progressão, crescimento e formação de novos projetos com programas nacionais e internacionais. É uma visão diferente que se molda às necessidades de cada um dos agentes”, informa o presidente.

Também pode ser espaço de um escritor consagrado, como de um iniciante de música. A versatilidade está na sua base.

A formação de públicos, a realização de ‘masterclass’, ‘workshops’ ou conferências, a experimentação, a aprendizagem, a partilha de ideias, o treino, a correção e o crescimento são tudo conceitos que entram na Casa Varela, um espaço ‘fora da caixa’, que pretende ter a porta aberta a todos os que lá queiram entrar, garantiu Diogo Mateus.

“Não estaremos satisfeitos só por ter a casa cheia. Queremos que haja qualidade. A casa terá de ser um fator de criação. É um laboratório, uma escola, onde todos aprendem e ensinam e onde se poderá reforçar o espírito da comunidade”.

O presidente pretende ainda que o espaço tenha uma “missão pedagógica” e que possa aliar as vertentes de ensino à cultura, com atividades com as escolas ou com conferências, por exemplo, sobre “importância da música na matemática”.

O projeto permite ainda que se criem projetos em rede nacionais e até internacionais, possibilitando uma “capacidade de realização que nunca foi experimentada”.

Da partilha e da colaboração poderão nascer trabalhos “criativos”, “diversificados” e com “outra dimensão”.

Literatura, cinema, teatro, música, dança, qualquer que seja o género, tudo cabe na Casa Varela, reforçou Diogo Mateus.

Segundo o autarca, a Casa Varela poderá impulsionar o desenvolvimento de um território de criação, aproximando da cidade criativos do país e do mundo, complementando a programação cultural que já existe no concelho e que tem vindo a ter procura.

“A casa está pronta. Agora começam os desafios. Queremos que seja invadida e que as pessoas sintam que é um espaço de conforto, acolhimento e fruição. Estará sempre em construção em função da evolução da sociedade e das tendências”.

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