Jorge Jardim, um dos pilotos do avião Canadair que caiu este sábado na zona do Lindoso, Ponte da Barca, quando combatia um incêndio no Gerês, desempenhou funções de diretor da escola de pilotagem e instrutor de voo no Aero Clube de Leiria.
Numa nota publicada na página de Facebook, a direção lamentou a morte do amigo e sócio que estava ligado ao Aeroclube desde agosto de 1994.
“O comandante Jorge Jardim além do profissionalismo a que sempre nos habituou, deixa-nos o exemplo de um extremoso ser humano dotado de um enorme coração. Muito obrigado ao nosso “Herói do Ar” que tombou ao servir Portugal contra o flagelo dos incêndios florestais”, refere a mesma nota.
Natural de Maputo, Moçambique, Jorge Jardim residia há muitos anos em Leiria e, atualmente, estava ao serviço da empresa Ocean Sky.
O piloto, de 65 anos, morreu no local, apesar das tentativas realizadas pelos elementos do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), enquanto o segundo piloto, de nacionalidade espanhola e de 39 anos, foi assistido no local e transportado em “estado grave” para o Hospital de Viana do Castelo.
O avião despenhou-se, cerca das 11h20, numa área do território espanhol, “a cerca de um, dois quilómetros da fronteira com Portugal”, acrescentou a mesma fonte.
Numa nota de imprensa, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) afirmou que se trata de um avião anfíbio pesado (Canadair CL215), do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais, do Centro de Meios Aéreos de Castelo Branco, que participava nas operações de combate a um incêndio que lavra no Parque Nacional da Peneda Gerês, freguesia e concelho do Lindoso, distrito de Viana do Castelo.
O avião despenhou-se num acidente junto à Barragem do Alto do Lindoso, na sequência de uma operação de ‘scooping’ (reabastecimento de depósito de água), acrescentou.
Marcelo apresentou condolências à família do piloto e o primeiro-ministro lamentou a morte de Jorge Jardim, recomendando “especial cautela” a todos os que combatem fogos no país.