Não chegou a funcionar por um ano inteiro, mas foi o suficiente para deixar marcas na restauração e na clientela de Leiria. Quando o Sushiama encerrou as atividades no início de 2018, uma baixa no serviço de sushi local foi sentida e não havia qualquer perspetiva de futuro para a marca. Mas os tempos mudaram e, graças à Covid-19, o rumo da empresa também.
Desde julho, o restaurante assumiu o formato exclusivo de take away a partir de uma loja na Marinha Grande, e segue com funcionamento limitado a sábados previamente definidos – o serviço é anunciado na página da empresa, no Facebook. A novidade é que a retoma não veio só: a investir num seguemento que o casal à frente do negócio já experimentava, nasceu a Let’s Meat, uma empresa de distribuição e venda de carnes premium maturadas que convive, lado a lado, com a cozinha de confeções japonesas.
“Tivemos muito sucesso”, recorda Miguel Bento sobre o período em que esteve a funcionar, ao lado da mulher, Leonor Gomes, no número 19 do largo da Padeira de Ajubarrota, no centro histórico de Leiria. “Mas aquilo ocupa muito tempo”, recorda. Mais de dois anos depois, revela, porém, que as esperanças de retomar um espaço fixo, não estão de todo perdidas. “Até poderá voltar a existir o restaurante”, diz o sushiman da operação, antes de revelar a condição: “Se eu tiver uma parceria com alguém que se dedique ao projeto”.
Enquanto um braço-direito não aparecia, o empresário observou a mudança de mercado trazida pela pandemia e formalizou o trabalho de distribuição de carnes que já fazia.
Desde maio, para além dos espaços João Gordo, Muralhas, Casa da Nora, Cervejaria Imperial, Taverna de 8 a 80, Taberna Café Caphe, Taberna da Praça, Hell Bull e Churrasqueiras D. Duarte (Barosa), Dom Duarte (Fátima) e Paris, entre outros do país, a Let’s Meat chega também à mesa dos clientes finais. Um mercado, diz Miguel, “menos complicado” do que os restaurantes e que tem respondido “muito bem” ao produto centrado nos cortes bovinos, que passam por processo de desidratação para ativar as enzinas que amaciam a proteína e configurar-lhes um sabor mais intenso.
Da Galiza e de outros cantos da Europa, dos Estados Unidos e da América do Sul vêm os cortes (a partir de 30€/kg) que podem soar estranhos ao ouvido português. Bisteca fiorentina, shoulder steak, new york steak… Mas Miguel faz questão de explicar a proveniência e característica de cada um, e por isso está na linha de frente do atendimento da loja, exclusivo às sextas e sábados, das 15h às 20h, no Pinus Park (estrada que vai para a Marinha Grande).
Ciente ainda de que os cortes que vende são “os não tradicionais portugueses”, – bife e costela -, pode começar os ensinamentos pelo nível básico. Para quem quiser saber mais, há formação para grupos de até quatro pessoas, onde se aprende sobre como cortar, comer e servir as carnes. As marcações podem ser feitas através do contacto telefónico
917 794 731.
Márcio disse:
Pela qualidade do Sushiama aqui de Setubal… não recomendo… precisa melhorar e muito. O atendimento é bom, o que salva..