“Anais Leirienses – Estudos & documentos” e “Dois portões de ferro forjado na Marinha Grande e outros textos” são obras com lançamento agendado para o próximo sábado, dia 26, às 16 horas, na Casa da Cultura – Teatro Stephens, na Marinha Grande.
Editadas pela Hora de Ler, de Leiria, as duas obras são dedicadas a temas de investigação sobre aspetos da região de Leiria.
O sexto volume de “Anais Leirienses – Estudos & documentos” surge com um ‘dossiê’ de 190 páginas que reúne pesquisas de jovens historiadores, mestres e doutorados, sob a coordenação de Ricardo Pessa de Oliveira, acerca da história da assistência e da pobreza na região de Leiria, entre os séculos XV e XX.
Coordenado cientificamente por Saul António Gomes, este volume contém ainda múltiplos estudos sobre a vida associativa e cultural de Leiria, aspetos etnográficos, documentos históricos e muitos outros. Entre os vários estudos, encontra-se a história da botica de Santa Maria da Vitória e a presença de práticas de medicina popular, estudo de caso do “benzedor da Ortigosa”.
Destaque, ainda, para uma “epistolografia inédita” de Afonso Lopes Vieira, “com mulheres intelectuais do seu tempo” e as “nótulas documentais acerca da Revolução de 1820”, evidenciando o contributo da região de Leiria e Alcobaça para o sucesso da revolta.
“Dois portões de ferro forjado na Marinha Grande e outros textos”, da autoria de Gabriel Roldão, é também composto por um conjunto de estudos já publicados em outras obras. Dois textos deste livro entram no sexto volume de “Anais Leirienses”.
Os temas desenrolam-se em torno do território da Marinha Grande, da população, da indústria vidreira e do Pinhal de Leiria.
Gabriel Roldão destaca, neste livro, os dois portões de ferro forjado provenientes do antigo Palácio da Inquisição, em Lisboa, que são património da Marinha Grande e se encontram em degradação, “por incapacidade dos seus detentores para a urgente conservação”.
Pode ler-se também um estudo sobre o empenho dos marinhenses no desenvolvimento da localidade, na luta pelo bem-estar e os esforços realizados para a “emancipação da vila e depois cidade como concelho”. É, também, apresentado um espólio documental sobre a indústria vidreira, o ex-libris da Marinha Grande, onde o autor trabalhou.
Outro tópico desenvolvido, entre vários, debruça-se sobre a atividade cultural da Marinha Grande, nomeadamente do Teatro Stephens, contando a história do surgimento deste espaço.
Gabriel Roldão é um investigador, colecionador e escritor natural da Marinha Grande, nascido a 1935, e tem dedicado toda a vida à pesquisa sobre a história da cidade e realização de trabalhos de investigação. É exemplo do contributo do autor as 60 notas biográficas sobre personalidades marinhenses, publicadas entre 2001 e 2005.
A entrada na cerimónia, que terá apresentação de Saul António Gomes, é gratuita.