As nuvens cinzentas já se avistam às portas do concelho de Leiria. Ativo desde as 1h49, o incêndio de Serro Ventoso, no concelho de Porto de Mós, permanecia, pelas 19 horas, com uma frente ativa e em local de difícil acesso para as corporações de bombeiros.
Com seis meios aéreos no terreno, desde o início da tarde, é sobretudo por via aérea que o combate tem estado a ser feito, adiantou fonte do Centro Distrital de Operações e Socorro (CDOS) de Leiria ao nosso jornal.
Os meios aéreos deverão manter-se em atividade durante mais uma hora, indica a mesma fonte.
Estão ainda 228 operacionais apoiados por 63 viaturas.
Durante a tarde o incêndio aproximou-se da localidade de Cabeço das Pombas, sem perigo para habitações e população, situação que não acontece neste momento.
Os meios terrestres foram aliás reforçados no combate às chamas que consomem o Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros, para tentar travar o fogo nas próximas duas horas, disse o comandante dos bombeiros.
“O fogo aproximou-se de uma zona que possibilita o acesso de meios terrestres. Reforçámos, por isso, o combate no terreno para tentar resolver o incêndio nas próximas duas horas”, disse à Lusa o comandante dos Bombeiros Voluntários de Porto de Mós, Elísio Pereira.
Jorge Vala, presidente da Câmara de Porto de Mós, numa publicação na sua página de Facebook, agradeceu a todos os que estão no terreno a combater o incêndio, lamentando a “mão criminosa de alguns”, que “teima em destruir o património natural que ultimamente tão bem tem unido a nossa população”.
Também o vice-presidente Eduardo Amaral apelou à defesa do território. “Ontem apelámos ao património [na Gala da 7 Maravilhas da Cultura Popular, com a candidatura dos Muros de Pedra Seca], hoje temos que defendê-lo”, escreveu numa publicação no Facebook.
Foto: Eduardo Amaral