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Porto de Mós

Incêndio no Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros ativo há mais de 40 horas

Incêndio começou na madrugada de domingo, em Serro Ventoso, e já atingiu a freguesia de São Bento. População recolhe animais que fogem ao fogo nas suas casas.

Ao meio da tarde desta segunda-feira, 7 de setembro, dois canadairs e um helicóptero dividiam o espaço aéreo sobre o Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros, em Porto de Mós.

Os três meios aéreos ajudavam no combate ao incêndio que deflagrou na madrugada de domingo e ainda não deu tréguas aos operacionais.

O fogo teve início em Serro Ventoso, à 1h49 de 6 de setembro, e pelas 20 horas do mesmo dia já se encontrava na freguesia de São Bento.

Lúcia Ferreira, de 69 anos, mora em Casal de Santo António, freguesia de São Bento. À porta de sua casa estão estacionados vários carros de bombeiros e os operacionais “têm estado sempre a trabalhar”, diz ao REGIÃO DE LEIRIA.

“Eu não tenho medo do fogo, os bombeiros estão aqui noite e dia para proteger as casas”, afirma, enquanto observa o fumo libertado pelo incêndio e as manobras dos meios aéreos que vão lançando água para as chamas.

Entre moradores, uma das preocupações prende-se com a proteção do gado, criado nas encostas daquela serra. Há até quem se ofereça para abrir os portões das suas casas e acolher alguns dos animais que tentem fugir do fogo.

Jorge Vala não duvida de que o incêndio teve mão criminosa: “Sabemos que foi mão criminosa. Um incêndio que nasce às duas da manhã, em vários locais, separados por poucos quilómetros, não poder ser natural. Foi mão humana, mão criminosa”, disse ao REGIÃO DE LEIRIA o presidente da Câmara de Porto de Mós.

Já esta manhã, o comandante dos Bombeiros Voluntários de Porto de Mós disse, em declarações à agência Lusa, que o fogo está a “evoluir favoravelmente”, permanecendo com “uma frente ativa”.

“Esperamos conseguir entrar em fase de resolução nas próximas horas”, admitiu o comandante, salientando que a principal dificuldade que os operacionais têm enfrentado são os acessos terrestres no teatro de operações.

O incêndio tinha às 18 horas, segundo a página da Proteção Civil, 169 elementos no terreno, apoiados por 53 viaturas e três meios aéreos. Está ainda marcada para as 20 horas de hoje uma conferência de imprensa no posto de comando.

Com Lusa

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