Com Sónia Tavares e Nuno Gonçalves sozinhos no palco do Teatro José Lúcio da Silva a interpretarem um tema do projeto “Amália Hoje” – após um longo e insistente aplauso pedindo um encore aos The Gift – terminou de forma emotiva o primeiro dia do congresso “O futuro da nossa cidade”.
A banda de Alcobaça apresentou-se bem disposta e ofereceu um alinhamento que revisitou alguns dos principais êxitos. O concerto fechou um dia longo, em que o destaque foi para as intervenções de José Tolentino Mendonça e Alexandre Quintanilha, dois dos convidados da Rede Cultura 2027.
O cardeal e poeta, atualmente bibliotecário-arquivista-mor do papa Francisco, deixou cinco ideias fundamentais, ou “desafios” como lhes chamou, sobre o que devem fazer as cidades do futuro: redescobrir o bem comum, redescobrir a comunidade, redescobrir a sustentabilidade cultural, redescobrir a sustentabilidade ecológica, e sobretudo, redescobrir a fraternidade e a amizade social.
Já Alexandre Quintanilha deu uma preciosa aula sobre os efeitos da presença do homem na Terra e o que nos espera no futuro.
Em “Donde viemos, onde estamos e para onde queremos ir”, o cientista e professor deixou várias mensagens. Numa das últimas citou Richard Rorty sobre a importância do conhecimento:
“Protejam com amor a liberdade. A liberdade de fazer perguntas, a liberdade de imaginar respostas, a liberdade de testar essas respostas e a verdade, a pouco e pouco, virá à superfície”.
Integrada no programa esteve também a inauguração da exposição de fotografia “Identidade Territorial: Imaginário visual da Região”, exercício colaborativo que dá a conhecer os 26 municípios que integram a Rede Cultura 2027 e que pode ser visitada no mimo – Museu da Imagem em Movimento, junto ao Castelo de Leiria.
O congresso termina este sábado, 24 de outubro, em Caldas da Rainha, com um conjunto de intervenções e concerto no Centro Cultural e Congressos. O programa pode ser consultado aqui.