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Alvaiázere

Alvaiázere promove recolha de alimentos para famílias carenciadas

“Vamos dar as mãos” é o mote da campanha que decorre pelo 16º ano consecutivo nos supermercados do concelho

A Câmara de Alvaiázere lançou esta segunda-feira uma campanha de recolha de alimentos destinados às famílias mais carenciadas do concelho, que os receberão na época natalícia.

A campanha “Vamos dar as mãos” decorre pelo 16º ano consecutivo nos supermercados da região e termina no domingo.

A presidente do município, Célia Marques, estima em cerca de centena e meio os cabazes a distribuir, com base na média dos últimos anos.

Os cabazes são compostos de acordo com as necessidades e com o número de elementos do agregado familiar beneficiário.

“O período de identificação das famílias mais carenciadas decorre após o período de recolha de bens alimentares”, num trabalho de articulação entre o Gabinete de Ação Social da câmara, juntas de freguesia e Loja de Apoio Social de Alvaiázere.

Célia Marques adianta ainda que “a Câmara normalmente complementa também estes cabazes, para chegar a todas as famílias carenciadas, com artigos que, não sendo essenciais, como por exemplo brinquedos e chocolates, podem tornar o Natal mais alegre”.

Afirmando-se “muito apreensiva” com o contexto atual, a presidente da Câmara diz-se ainda convicta de que “vai aumentar o número de famílias a precisar de ajuda”. “Também há muita pobreza encoberta, pessoas que não pedem ajuda durante o ano”, refere, acreditando que a pandemia de Covid-19 “trouxe alguma insegurança as famílias”.

“Apesar de neste momento não termos conhecimento de despedimentos e julgamos que grande parte das nossas empresas continua a fazer um grande esforço para manter os funcionários, acreditamos que haja muita incerteza e famílias que possam estar a atravessar momentos mais difíceis e que não estejam identificadas”, adianta em declarações à Lusa, admitindo que “por vergonha possam não recorrer aos serviços da câmara”.

“O concelho tem também muitas famílias estrangeiras que não recorrem aos serviços” municipais, acrescentou, destacando aqui o papel das juntas de freguesia na identificação de pessoas que não têm rede de apoio.

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