Uma ajuda que não pesa mas vale. Este é um dos lemas da campanha do Banco Alimentar que começa hoje, quinta-feira, e decorre até 13 de dezembro, com a venda de vales nos supermercados aderentes.
Devido à pandemia, ao contrário do que acontece habitualmente, a iniciativa acontece sem o envolvimento de voluntários nas superfícies comerciais, “para proteção de todos”, explica o Banco Alimentar Contra a Fome de Portugal, em comunicado.
No entanto, o apelo à ajuda alimentar mantém-se válido e em vez da entrega de bens aos voluntários, a instituição apela à aquisição de vales nas caixas de pagamento dos supermercados.
Cada vale corresponde a um produto alimentar doado e para o adquirir basta solicitar o mesmo nas caixas de pagamento dos supermercados.
A campanha decorre a nível nacional com recolha local, o que significa que os donativos serão entregues ao Banco Alimentar da região correspondente ao supermercado onde é adquirido o vale. Na região, há dois dos 21 Bancos Alimentares atualmente existentes em Portugal: Leiria-Fátima e Oeste.
A organização avança que os “bancos alimentares enfrentam, neste momento, grandes dificuldades para fazer face ao enorme número de famílias que precisam de ajuda alimentar”.
A pandemia “está a fazer com que muitas pessoas percam os seus rendimentos” e, por isso, deixam de conseguir garantir a sua alimentação.
Para quem não possa sair de casa e ainda assim queira contribuir, o Banco Alimentar criou uma plataforma digital onde, através do preenchimento de um formulário, é possível deixar um donativo, semelhante ao que pode adquirir nas caixas de supermercado.
O formulário está disponível em https://www.alimentestaideia.pt/ e pode escolher a quantidade que pretende doar entre leite, arroz, azeite, óleo, atum e salsichas.
O Banco Alimentar deixa o apelo a todos os que possam dar o seu donativo, numa altura em que “um elevado número de famílias se debate com uma grave situação económica”.
No ano passado, os 21 Bancos Alimentares em atividade em Portugal distribuíram 23.382 toneladas de alimentos (com o valor estimado de 31,7 milhões de euros), num movimento médio de 93,5 toneladas por dia útil. Prestando assistência a 2.400 instituições, os alimentos foram entregues a perto de 380 mil pessoas com carências alimentares comprovadas, sob a forma de cabazes ou de refeições confecionadas, de acordo com os dados da Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares Contra a Fome.