Os trabalhos de beneficiação dos paços do concelho de Figueiró dos Vinhos terminam até ao fim do ano, num investimento de cerca de 232 mil euros que vai devolver a cor original ao edifício, informou esta terça-feira, dia 10, a câmara municipal.
Segundo fonte do município, a conclusão da obra está prevista para até ao final do ano, “caso as condições meteorológicas o permitam”.
O investimento resulta da aprovação de uma candidatura de cerca de 206 mil euros ao Programa BEM – Beneficiação de Equipamentos Municipais, financiado pela Direção-Geral das Autarquias Locais, e teve uma comparticipação de 50%.
Numa nota de imprensa divulgada anteriormente, a autarquia justifica a intervenção no edifício com as “condições de degradação exterior”, referindo que os trabalhos contemplam a “substituição da caixilharia, pintura exterior do edifício e eliminação das tubagens”, além de outros trabalhos complementares, incluindo a promoção da eficiência energética.
O município destaca ainda que a obra, iniciada em março, “tem a particularidade de recuperar o tom original das paredes exteriores do edifício, bem como das suas janelas”.
O edifício, que estava pintado de branco, apresenta-se agora de vermelho acastanhado. As janelas, que eram cor de madeira, foram substituídas por novas de cor branca, adiantou a mesma fonte.
“A retoma da cor específica original mereceu uma demorada pesquisa e contou com a importante colaboração técnica da historiadora figueiroense Margarida Herdade Lucas, profunda conhecedora da História e Cultura do concelho”, adianta a câmara municipal, explicando que a intervenção foi depois aprovada pela Direção-Geral do Património Cultural.
De acordo com informação disponibilizada no sítio do município na internet, o edifício dos Paços do Concelho “foi construído entre 1874 e 1876, no local onde antes se erguia a Santa Casa da Misericórdia de Figueiró dos Vinhos e o Hospital dos Apóstolos”.
Na sequência de um grande incêndio, foi reconstruído em 1936.
“Segue as regras da arquitetura portuguesa do início do século XX, de influência francesa”, e no interior “possui painéis de azulejos de Jorge Colaço, reproduzindo paisagens do concelho”.
“O salão nobre tem um trabalho de estuque no teto, de inspiração barroca e o mobiliário original, de estilo renascença”, lê-se ainda no ‘site’.