O município da Nazaré apresentou à Direção-Geral da Saúde (DGS) um plano de contingência para os dias de ondas gigantes, de modo a permitir a presença de 2.500 pessoas a assistir ao Nazaré Tow Surfing Challenge.
Interdita desde o último grande swell da temporada, 28 e 29 de outubro ,a prática do free surf e tow-in surfing tem um papel vital para a Nazaré e foi isso mesmo que o presidente da Câmara vincou na reunião com a DGS.
Walter Chicharro “reiterou a importância das ondas e da atividade do surf na Praia do Norte para a economia”, refere a autarquia em comunicado.
As ondas gigantes “são um ativo nacional, que não deve ser colocado em causa”, diz o autarca, lembrando que os eventos na Praia do Norte são “uma importante fonte de rendimento de muitos profissionais, sobretudo para os atletas, cujo rendimento depende de surfar”.
Nesse encontro foi apresentado o plano, “elaborado com a colaboração das forças de segurança e socorro do concelho”, que prevê o condicionamento das zonas de assistência – “praia, estrada do farol, etc” – restringindo o acesso “a um máximo de duas mil e quinhentas pessoas, que ficarão distribuídas pela zona do farol, da encosta e no areal da própria praia”.
“Foi uma reunião bastante proveitosa, onde foi deixada clara a premissa do município de que é necessário conciliar a salvaguarda dos surfistas, da população e da economia local e regional”, disse Walter Chicharro, citado pela autarquia.
O plano ainda está em análise, mas o presidente da Câmara avança que, “se aprovado, aplicar-se-á apenas aos dias de ondas gigantes, que são aqueles que mais atenção concentram por parte do público em geral e que são os que promovem ajuntamentos de público”.
A DGS, recorde-se, impôs a interdição ao free surf e tow-in surfing na Praia do Norte como medida preventiva, de modo a evitar ajuntamentos em tempo em período de pandemia do Covid-19.