Verde de nome e de aspeto. Após vários anos à espera do projeto do novo parque que vai servir de postal de boas-vindas a quem se deslocar à cidade de Leiria, o desenho foi esta semana apresentado.
O futuro Parque Verde, com cerca de oito hectares, vai ter duas amplas zonas de clareira, circuitos pedonais e cicláveis, duas pontes pedonais sobre o rio Lena, cafetaria, uma bancada e zonas de equipamento infantil.
A proposta apresentada pelo arquiteto José Veludo, na última reunião de Câmara, na terça-feira, resulta de um investimento de 1,278 milhões de euros referente ao pagamento de compensações resultante da lei no âmbito do licenciamento do loteamento na Quinta da Malta, do outro lado da A19, para onde também foi anunciado um hospital da CUF.
Com uma autoestrada a passar junto ao futuro parque, a estratégia adotada, pelo NPK – arquitectos paisagistas associados, passou por reconhecer a existência da via e afastar dali os núcleos de estacionamento, equipamentos e “áreas de utilização mais intensa”. Outra das razões pela qual estas zonas de maior afluência foram “afastadas” prende-se com a probabilidade de cheias. “Estamos perante um sítio para várias valências mas nunca a de construção. Por isso é que foi estratégico que a bancada, cafetaria e estacionamento fiquem acima das cotas de cheia”, explicou o arquiteto leiriense, acrescentando que as duas pontes pedonais projetadas também foram pensadas para “ultrapassar” eventuais fenómenos.
O projeto foi aprovado, com os votos contra do PSD, mas mereceu o aplauso de Fernando Costa. “É uma proposta bonita. Entendo que o parque devia ter outras valências, mas aqui não podem ser outras. (…) O parque polivalente que a cidade precisa, com 20, 30 hectares, para equipamentos, feiras, …, não é este. Nesse local, o senhor arquiteto faz a proposta possível, mas dou os pêsames à Câmara que escolhe o pior sítio para fazer o parque da cidade”, afirmou o vereador.
Já Gonçalo Lopes diz estar “orgulhoso” do trabalho desenvolvido e, além do jardim da Almuinha, adianta que este “não será o último” espaço verde que o executivo “vai oferecer” à cidade.
“Não é mais um parque e não é para diversões como a Feira de Maio. É para ser verde e melhorar o défice ambiental da cidade, requalificar as margens do Lena e continuar os projetos das ecopistas. Vai ser o cartão de visita na cidade, numa das principais entradas de Leiria. Este é o parque verde que irá fazer a diferença na cidade de Leiria”, defendeu.
Na mesma reunião foi ainda aprovada a proposta de alteração do loteamento da Quinta da Malta, tal como o REGIÃO DE LEIRIA divulgou a 22 de outubro, que irá reduzir os fogos de 483 para 401, devido a um “desenho urbano de melhoramento do trânsito e da construção, com menos um lote, criando mais 232 lugares de estacionamento nos lotes e 22 públicos.
Equipamentos
- Infantis Duas zonas para os mais novos: uma para crianças até aos quatro anos e outra para crianças dos quatro aos 14.
- Adultos Equipamentos geriátricos e desportivos, para todas as faixas etárias, como um circuito de manutenção.
Ambiente
Opção por elementos regionais e autóctones. Espécies de árvores utilizadas: amieiro, freixo, choupo-negro, carvalho cerquinho, sobreiro, salgueiro-branco, tília-comum, carvalho-americano, salgueiro-frágil, zêlha e borrazeira-preta.
Áreas
- Duas pontes para permitir atravessamento do rio Lena
- Ciclovias e circuitos pedonais
- Cafetaria, quiosque e bancada
- Zona de merendas
- Estacionamento