Vai custar 2,8 milhões de euros e pretende manter a linha de costa estabilizada. A ação do mar, que coloca em causa terrenos agrícolas e a zona da foz do rio Alcoa, vai ser atenuada com a intervenção que agora vai arrancar.
Na Nazaré, esta sexta-feira, a Agência Portuguesa do Ambiente assinou com a empresa Hydro Stone, o auto de consignação da empreitada de restruturação dos esporões do rio Alcoa, na Nazaré.
“Hoje é o inicio da empreitada de reabilitação dos esporões do rio Alcoa, uma obra há muito reclamada e aguardada”, disse o vice-Presidente da APA, Pimenta Machado.
Trata-se, explicou, de “uma necessidade, tanto mais que está em causa o assoreamento na embocadura do Alcoa e a inundação dos terrenos agrícolas”.
As obras terão a duração de 12 meses e contemplam a reconstrução, reforço e avanço até ao seu comprimento original, dos esporões existentes, entre outros trabalhos. Está igualmente prevista a dragagem dos sedimentos situados no canal.
António Rodrigues, chefe de divisão de obras e segurança da APA, frisou a importância da intervenção “para a proteção costeira”, nomeadamente para a “a manutenção dos esporões da foz do rio Alcoa, dado que se trata de uma foz artificial pois o rio desaguava onde hoje é o Porto da Nazaré”.
“Este auto é determinante, tal como o são os que se vão passar a seguir”, sublinhou Walter Chicharro, presidente da Câmara da Nazaré.
“Há sete anos que lutamos pela resolução da estabilização das arribas, parte da imagem da Nazaré e, por isso, determinantes para o futuro que queremos para esta terra”, referiu o autarca, acrescentando que o “Forte de S. Miguel Arcanjo é, também, uma matéria que iremos começar a tratar, tal como o funicular projetado para a Pederneira”.