A identidade histórica dos 26 municípios da Rede Cultura 2027, que prepara a candidatura de Leiria a Capital Europeia da Cultura, está reunida no livro “Retratos de um território”, hoje lançado.
A edição foi apresentada no mimo – Museu da Imagem em Movimento, em Leiria, e representa o esforço de uma equipa de 30 investigadores dos 26 municípios.
Nos últimos meses, essa equipa elaborou “um retrato multifacetado deste grande território”, explicam os coordenadores da obra, Acácio de Sousa e Maria Inácia Rezola.
“Este livro é constituído por pequenos retratos e, não sendo uma obra de grande aparato, tem um significado muito preciso e muito pertinente” sobre “os períodos históricos mais recentes, chamados período moderno e contemporâneo”, disse hoje Acácio de Sousa.
“Retratos de um território” aborda acontecimentos, gentes, objetos artísticos ou atividades económicas, constituindo “um documento de futuro”, sintetizou o historiador Saul António Gomes.
“Quem quiser compreender um pouco melhor o que é a procura desta identidade deste território que construímos e a que pertencemos tem neste livro um documento de trabalho e de reflexão. É um livro que honrará as estantes das bibliotecas dos nossos municípios, das nossas escolas, mas também das escolas de ensino superior e outras”, sublinhou o investigador, que coordenou o grupo dedicado à História no Congresso da Rede Cultura 2027, que deu origem à publicação apresentada esta sexta-feira.
Para a vice-presidente da Câmara de Leiria, esta primeira edição da candidatura do município a Capital Europeia de Cultura é a “feliz materialização” da Rede Cultura 2027, comparando-o a “um espelho”.
“Antes de tudo é disto que aqui se trata: de nos vermos ao espelho, mas não um espelho estático que nos devolve de nós a imagem que já sabemos ser a nossa. Este é um espelho diferente, que procura ir além de si, além de nós, além do objeto que reflete. É um espelho que reflete não apenas o que existe, mas também a memória que cada um de nós tem de si e do outro. Reflete o que vamos tentando ser, mais do aquilo que hoje e agora somos”, afirmou Anabela Graça.
Esta edição surge como “contributo para levar a bom porto o que desejamos, que é termos um território mais triunfante e mais vitorioso nas suas ambições”, sublinhou Saul António Gomes”, nomeadamente “em ordem a poder tornar-se centro da Europa em 2027, com um território de projeção de cultura e de construção cultural”, concluiu.