A comunidade Intermunicipal da Região de Leiria (CIMRL) aprovou uma moção na qual solicita ao Governo que assuma “investimentos estruturantes para região, urgentes e prioritários”, não se ficando apenas pelo “retomar de antigos projetos com elevada expressão financeira”, como a ferrovia de alta velocidade.
O documento, intitulado “Pela recuperação social e reforço de investimentos estratégicos na região”, destaca como “fundamental que os projetos considerados chave e prioritários pelos municípios da CIMRL sejam assumidos pelo Governo para integrarem o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), disponibilizando-se para participar nos processos de sua gestão e obras respetivas”.
Pelas “recentes declarações do membro do Governo com a tutela das infraestruturas e habitação, constata-se que se retomam antigos projetos com elevada expressão financeira, como a rede ferroviária de alta velocidade, mas não se concretizam investimentos estruturantes para a região, urgentes e prioritários, por exemplo, ao nível das infraestruturas de transportes”.
Entre os investimentos, a moção aprovada pela assembleia intermunicipal, na quinta-feira, dia 17, descreve: requalificação da linha ferroviária do Oeste, na ligação de Caldas da Rainha ao Louriçal; construção do nó da A1 na zona do Barracão; requalificação do troço do IC2 comum ao IC9, entre Alcobaça, Porto de Mós e ligação do IC9 à A1, na Batalha (São Mamede); requalificação do troço do IC8, entre Avelar e Pombal, e a abertura ao tráfego civil da BA5 de Monte Real.
O PRR está orientado para três domínios principais: a transição climática, transição digital e a resiliência, que prioriza o reforço da capacidade da rede viária e investimentos estruturantes para as regiões. Para o cumprimento destes objetivos contam também o Plano Nacional de Investimento 2030 e o quadro comunitário Portugal 2030.
A CIMRL sublinha que “o desenvolvimento e resiliência das regiões está, em muito, condicionado, pelos investimentos estratégicos que o Pais é capaz de realizar, pelo que é essencial definir à escala de cada CIM qual o investimento prioritário e transversal, com reflexos o nível da competitividade e da coesão económica e social”.
Por isso, refere a moção, “importa destacar, desde já, que a região reclama participar na materialização destes objetivos estratégicos a curto e médio prazo e que, no espetro geral, concorram para incrementar uma resiliência mais presente às vulnerabilidades sociais e económicas”.