O Museu da Cerâmica, nas Caldas da Rainha está a ser alvo de uma reparação orçada em mais de 37 mil euros, e que vai prolongar-se até janeiro de 2021, divulgou a Direção Regional de Cultura do Centro.
A empreitada, iniciada no começo desta semana, “tem como objetivo reparar e substituir as caixilharias de madeira, assim como reconstruir o alpendre nascente onde, há cerca de um ano, se interditou a passagem por razões de segurança”, informou a Direção Regional de Cultura do Centro (DRCC), em comunicado.
De acordo com a DRCC, a intervenção no alpendre contempla a estrutura de suporte, a aplicação de novo ripado, bem como o seu revestimento cerâmico e o tratamento de todos os elementos com pintura nas cores existentes.
A obra, com o valor total de 37.053,44 euros, pretende recuperar “elementos cuja deterioração se vinha acentuando há vários anos, pondo em causa o usufruto dos espaços e, a prazo, o acervo aí existente”, refere o comunicado.
A intervenção visa a conservação do edifício e, segundo a DGCC, serão utilizados materiais iguais aos existentes, sem alterações de acabamentos ou do respetivo desenho e volumetria.
A obra tem um prazo de 120 dias devendo prolongar-se até à terceira semana de janeiro de 2021.
O Museu da Cerâmica foi criado oficialmente em 1983 e está instalado no centro histórico das Caldas da Rainha, no distrito de Leiria, na antiga Quinta Visconde de Sacavém, adquirida para o efeito em 1981.
A Quinta Visconde de Sacavém é um conjunto arquitetónico revivalista de final do século XIX, constituído por um palacete tardo-romântico, que abriga a exposição permanente, assim como áreas anexas, remodeladas, onde se situam a sala de exposições temporárias, loja, olaria e centro de documentação.
Os jardins da quinta, de traçado romântico, integram alamedas, canteiros, floreiras e um auditório ao ar livre, sendo o conjunto ornamentado por decorações cerâmicas, incluindo azulejos dos séculos XVI ao XX, estatuária e elementos arquitetónicos como as gárgulas em forma de dragão ou de javali.
Com Lusa