Pelo seu percurso, parece que Saúde Pública a escolheu a si mais do que a escolheu a ela. Olhando para trás, trocaria de especialidade?
Nesta altura, era muito difícil porque acabei por arranjar áreas de interesse de que gosto muito. Logo no segundo ano da especialidade fiz o curso de Saúde Pública em Lisboa e tive a sorte de ter um professor que me ajudou a ter uma visão mais alargada da epidemiologia e me incentivou a fazer alguma formação fora do país. À época, com uma bolsa da Junta Nacional de Investigação Científica, consegui fazer um curso europeu de dois meses de epidemiologia em Florença. Com a ajuda de um outro professor, fiz ainda uma formação de quatro meses na área da tuberculose no antigo SLAT dos Olivais com um dos pneumologistas com melhor formação nesta área do país. Na sequência desse estágio, apresentei um trabalho em Lisboa num congresso de Medicina Geral e Familiar e fui convidada por um elemento da Organização Mundial da Saúde (OMS) para ir para Paris fazer uma pós-graduação em tuberculose. Estive lá três meses e depois mais cinco a fazer outra formação de epidemiologia.