“Cabe a todos nós contribuir para travar a pandemia”. O Centro Hospitalar de Leiria lançou hoje um apelo à população para que colabore no esforço para evitar a propagação da Covid-19, garantindo ainda não ter atingido o limite da capacidade de atendimento de doentes Covid urgentes e doentes não-Covid urgentes.
Em comunicado hoje divulgado, os responsáveis do CHL avançam, contudo, não haver “condições para prever durante quanto tempo vai ser possível manter essa disponibilidade”, em virtude do aumento do número de infetados.
A urgência Covid registou um crescimento do número de acessos nos últimos dias (nos dias 4 a 6 de janeiro houve entre 70 e 100 admissões) mas o CHL frisa que os seus profissionais “continuarão a dar tudo quanto têm, para lá do que é a sua mera obrigação laboral, para lá da exaustão que muitos já experimentam”.
“Quando atingirmos o limite da nossa capacidade comunicaremos isso claramente aos nossos utentes, diretamente e através da comunicação social, que é nossa parceira nestes tempos de ‘guerra'”, sublinham os responsáveis da estrutura hospitalar.
O comunicado hoje divulgado surge na sequência de uma notícia da TVI, em que dois utentes do CHL se queixam de terem esperado 18 e 12 horas pelo atendimento.
Independentemente das situações concretas, o CHL reconhece que com o aumento do número de infetados e a pressão sobre a urgência Covid “naturalmente os tempos de espera aumentam”, como acontece em “qualquer unidade de saúde, em qualquer ponto do país”. E, consequentemente, “a insatisfação dos utentes também, a exaustão dos profissionais idem. É inevitável!”.
Por isso, é solicitado o apoio à população – o CHL serve aproximadamente 400 mil pessoas – porque a disponibilidade dos serviços “poderá ser tanto maior quanto mais responsável, cooperante e tolerante for o comportamento”.
“Cabe a todos nós contribuir para travar a pandemia, ficando em casa, diminuindo os contactos ao máximo, e, quando tivermos que sair, cumprindo escrupulosamente as normas de etiqueta respiratória, usando máscara e higienizando frequentemente as mãos”, lê-se na nota divulgada.
Relativamente ao serviço prestado pelo CHL, pede-se aos utentes que sejam “parcimoniosos no acesso às urgências gerais” e, “se tiverem sintomas compatíveis com a infeção pelo coronavírus, devem deslocar-se primariamente à ADR-C, instalado no Estádio Municipal”. Dessa forma será possível libertar as urgências para “as situações verdadeiramente urgentes, e, antes disso, devem ligar para a linha Saúde24 e seguir as instruções”.
A administração do CHL lembra, no entanto, que no atual cenário “não é possível garantir um atendimento isento de esperas, erros e falhas”:
“Estamos a trabalhar em cenário de contingência, com recursos necessariamente escassos para a procura. Podem é contar, também, com a nossa máxima honestidade e transparência na informação e relação com os utentes. Vamos, todos juntos, ultrapassar este período negro, em que, infelizmente, a anormalidade é o normal”.
