Os vereadores do PSD eleitos para a Câmara de Leiria consideram que o documento de reflexão estratégica para a próxima década apresentado terça-feira, 5 de janeiro, fica “muito aquém do que se esperava” por não constituir um plano estratégico para o concelho.
“Não passa, assim, de uma análise, diagnóstico à situação em que se encontra o concelho, apontando os erros cometidos ao longo dos últimos anos”, frisa a nota divulgada pelos vereadores social-democratas.
Considerando o resultado da análise feita pela equipa liderada por Carlos André “globalmente correto” e “particularmente duro para o passado, em especial estes últimos anos da gestão socialista”, os eleitos pelo PSD – que chumbaram a escolha do professor universitário e ex-governador civil de Leiria – classificam o diagnóstico como “imparcial e corajoso”.
Contudo, consideram graves alguns aspetos:
“O Documento Estratégico omite, para nós com gravidade, as ‘necessidades’ do Hospital de Stº André, o futuro da Quinta da Portela, o crime urbanístico na Quinta da Malta e emite uma opinião sobre o [Pavilhão] Multiusos (anulação) de que discordamos”.
Do texto ontem divulgado, os sociais-democratas destacam a referência ao “crescimento da cidade sem nexo”, o que consideram ser “iniciativa, influência e interesses dos construtores civis, por irresponsabilidade do município”, e lamentam a “falta de espaços verdes, parques de estacionamento, melhores acessibilidades nas entradas da cidade e de um grande parte de lazer”.
Referências da cidade, como o Castelo, o rio Lis, o Centro Histórico e o comércio tradicional são encarados como estando em “perigo”, devido ao “ao abandono a que têm sido votados”, aponta o PSD.
Entre as cerca de 50 propostas que o documento “Leiria 2030” avança, os vereadores da oposição concordam com várias mas consideram ser urgente avançar com novos parques industriais, “nomeadamente em colaboração com a Marinha Grande” para a instalação de uma dessas áreas “em Maceira” e a “criação de uma equipa para acompanhar o Centro Histórico”.