Os animais errantes do concelho de Ourém vão passar a ter uma nova casa, ainda no decorrer deste ano. As obras de construção do Centro de Recolha Oficial de Animais (CROA) do concelho arrancaram em novembro do ano passado, com um prazo de execução de 10 meses.
A nova estrutura já começa a ganhar forma na localidade de Pinheiro, em Ourém, junto ao edifício do serviço municipal de Proteção Civil e resulta de um investimento de aproximadamente 455 mil euros, acrescidos de IVA.
De acordo com o município, o CROA terá capacidade para acolher entre 14 e 21 cães e 15 a 48 gatos, dependendo do seu porte. O terreno permite ainda que, mais tarde, a estrutura possa ser alargada e acrescentados dois blocos de celas que “triplicarão a capacidade inicial das instalações”.
Ao REGIÃO DE LEIRIA, o presidente da Câmara de Ourém, Luís Albuquerque, afirma que “se trata de um projeto decisivo para resolver um problema que se vem arrastando ao longo dos últimos anos”.
Atual canil e gatil do concelho alvo de críticas
Há um ano, as condições do canil de Ourém atualmente em funcionamento, foram comparadas a um “galinheiro com chapa de zinco”. As críticas surgiram por parte de um voluntário da Associação Protectora dos Animais de Torres Novas (APATN) que utilizou as plataformas digitais para denunciar as condições em que viviam os animais recolhidos em Ourém.
Também os partidos PAN (Pessoas-Animais-Natureza) e BE (Bloco de Esquerda) se manifestaram sobre a estrutura municipal.
Na ocasião, Luís Albuquerque disse ao REGIÃO DE LEIRIA que as condições do canil “são as mesmas há 20 anos” e reconheceu que “não são as melhores condições, além de não estar bem localizado”.
Já nessa altura, o autarca avançou que estava pronto e aprovado um projeto de construção de um CROA no concelho. O projeto aguardava o lançamento do concurso, o que só poderia acontecer depois da revisão do Plano Diretor Municipal, algo que só veio a acontecer em meados de maio.
Condições do canil de Ourém comparadas a “galinheiro com chapa de zinco”
O presidente da Câmara de Ourém explicou ainda que o equipamento funciona como estadia temporária e os animais são depois transferidos para o CROA Intermunicipal de Proença-a-Nova.
